Apesar de a Justiça ter decretado a ilegalidade da greve, o presidente do Sinpoljuspi (Sindicato dos Policiais Civis, Agentes Penitenciários e Funcionários da Justiça do Piauí), Vilobaldo Carvalho, o movimento continuará independente de qualquer decisão judicial. 

Na manhã nesta terça-feira (03), os agentes estão reunidos em frente à Casa de Custódia Ribamar Leite, na BR-316 e aguardam uma negociação com o governo.

“Até agora as negociações não evoluíram. Não tivemos nenhuma resposta, as informações que estamos recebendo são trazidas da imprensa”, destacou Vilobaldo Carvalho. 

O presidente do Sindicato informou que está havendo uma trégua de três dias, a pedido do desembargador Edvaldo Moura, presidente do Tribunal de Justiça. 

“Mas, o retorno ou não da greve independe de ter sido decretada ilegal. Já recorremos da decisão porque consideramos completamente equivocada e desprovida de fundamentação jurídica”, destacou o presidente, já que a fundamentação foi baseada na decisão do ano passado da greve dos policiais civis, que possuem estatuto diferente dos agentes penitenciários.

Entenda o caso

A Secretaria de Justiça declarou na última sexta-feira (30), que o TJ decretou ilegalidade de greve dos agentes penitenciários e o retorno ao trabalho imediato, dez dias após a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 30 mil. 

Um dos motivos da decisão foi o impedimento de visitas íntimas, de familiares e advogados aos presos.

A categoria reivindica cumprimento do acordo da greve passada e melhorias nas condições de trabalho. Atualmente são 550 agentes penitenciários nas 13 presídios do Estado e o levantamento do Sinpoljuspi destaca que são necessários pelo menos mais 300.  

Fonte: Cidadeverde.com