Escrito por Saraiva    Qui, 30 de Junho de 2011 19:10    Imprimir
Dezoito presos são transferidos da Major César no Piauí após rebelião que durou sete horas
Depois de quase sete horas, a rebelião dos mais de 250 presos da Penitenciária Major César Oliveira, no Município de Altos-PI, foi controlada no final da tarde desta quinta-feira (30 de junho de 2011), por agentes penitenciários e policiais do GATE e da RONE, sendo que 18 presos que estavam no regime semi-aberto foram transferidos para outros presídios do Piauí, onde vão ficar em regime fechado.

Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí participaram da negociação para ser controlada a rebelião. Equipes do Rondas Ostensivas de Natureza especial (RONE); do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) e da Comissão de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar do Piauí permanecem monitorando os detentos. “Já está tudo calmo”, afirmou o Comandante do RONE, capitão Fábio Abreu. A coronel Júlia Beatriz, do Gerenciamento de Crises também declarou que a situação está controlada na Penitenciária Major César Oliveira. Os dezoito presos que foram transferidos para outros presídios onde vão ficar no regime fechado teriam sido os comandantes da manifestação. Eles foram submetidos a exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal, na Capital do Piauí (Teresina). Três ambulâncias chegaram a se deslocar para o presídio Major César, mas a informação é de que ninguém saiu ferido na rebelião. Na Penitenciária Major César Oliveira existem cerca de 300 presos em regime semi-aberto. A rebelião foi iniciada por volta das 10 horas desta quinta-feira (30 de junho de 2011), após uma festa junina realizada no Hospital Penitenciário Valter Alencar, localizado ao lado do presídio. O motivo teria sido insatisfação dos detentos com a administração do diretor, tenente-Pm Maciel de Sousa. A diretoria do presídio afirmou que não se tratava de uma rebelião, mas uma revolta dos presos, um motim, já que não houve reféns. O diretor de presídios da Secretaria de Justiça, tenente Anselmo Portela esteve no local e participou das negociações para o fim do movimento. Segundo Anselmo, há a necessidade de políticas para evitar o tráfico de drogas dentro da penitenciária. “Suspeitamos que os presos do regime semi-aberto estão facilitando a entrada de drogas”, declarou o tenente Anselmo. A coronel Júlia Beatriz afirma que muitos dos presos reclamavam de estar cumprindo uma pena que já teria terminado. “Isso não é de competência da Polícia e nem do Sistema Prisional, mas sim do Judiciário”, declarou a coronel Júlia. Os presos retiraram algumas telhas de um dos pavilhões do presídio.

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

 

A Secretaria Estadual de Justiça esclarece que o motim ocorrido nesta quinta-feira (30 de junho) na Colônia Agrícola Major César Oliveira, se deu por insatisfação de alguns detentos com relação à nova diretoria daquela unidade penal.

Como forma de combater principalmente o tráfico de drogas dentro dos presídios do Estado houve um remanejamento de presos nos pavilhões. Aqueles que possuíam contato com o meio externo foram colocados em outra área como forma de coibir os possíveis presos que estariam trazendo drogas para a Major César.

Por conta disso, o principio de motim causado por alguns detentos que não aceitaram o remanejamento. A secretaria informa que o aparato policial foi chamado para fazer a segurança no local e também garantir a efetivação da mudança de pavilhão.

Como resultado, 17 presos identificados como líderes foram transferidos para a Casa de Custódia. Antes, eles foram ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo e delito que constatou que nenhum deles estava ferido ou machucado.

A Secretaria de Justiça mais uma vez afirma que não houve rebelião, confronto ou reféns na Colônia Agrícola Major César Oliveira.

 

SECRETARIA ESTADUAL DE JUSTIÇA.

 

 

  

Última atualização ( Sex, 01 de Julho de 2011 09:42 )