Escrito por Saraiva    Sex, 21 de Outubro de 2011 19:20    Imprimir
Promotores trabalham com perfis de dois homens no local onde morreu Fernanda Lages

Os promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, que acompanham o caso Fernanda Lages, e o advogado da família da jovem, Lucas Villa, concederam entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (21) após novos depoimentos tomados no Ministério Público do Piauí. Cabral sustenta a hipótese de que dois homens estavam no dia 25 de agosto na obra do Ministério Público Federal, onde a jovem morreu após cair do sexto andar.

"Nós já temos os perfis de dois homens. Estamos aguardando a análise de materiais que foram remetidos para a Paraíba", disse Eliardo Cabral. O promotor voltou a descartar outra tese que não suicídio. "E se elegermos outra (tese) vamos dizer que o Kadhafi também cometeu suicídio. É coisa semelhate".

 

Eliardo Cabral ainda respondeu críticas do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro "Kakai", que veio de Brasília/DF acompanhar a família Castro e considerou ilegal a "investigação paralela" do Ministério Público. O promotor sugeriu que ele tome as providências que achar necessárias e declarou até lutar por toda a sua vida para defender o direito do defensor dizer o que pensa. 

Neste sábado serão feitas novas notificações e as oitivas recomeçam na segunda-feira. O MPE solicitou ao Tribunal Regional do Trabalho a planta da obra, que fica ao lado da futura sede do MPF e por onde Fernanda Lages teve acesso a esta. Os promotores explicaram que Jivago Castro, que também deverá ser ouvido em dada ainda indefinida, é um dos engenheiros da obra e por isso foi convocado, assim como sua mãe Bizet Castro e sua namorada Valéria Macedo, que podem voltar a ser convocadas. 

No final da manhã, Bizet Castro prestou depoimento aos promotores. Ubiraci Rocha considerou sua presença importante porque a mãe do engenheiro não foi ouvida pela Polícia Civil. Foram três horas e meia de conversa, acompanhada de dois advogados. "Era necessário esclarecer alguns pontos obscuros na investigação. Pedimos que ela traçasse um perfil do seu filho, isso é importante para o Ministério Público", disse Rocha. 

Outro depoimento foi do tenente-coronel Manoel Almeida, também considerado relevante. Ele confirmou que o vigia do turno anterior teria declarado ao vigia do turno seguinte na obra do TRT ter visto um homem entrando com uma mulher ou um travesti. "São depoimentos esclarecedores e que têm aberto linhas de raciocínio e confirmado algumas suposições, tirado dúvidas de algumas indagações", completou Ubiraci Rocha. Os vigias da obra não serão ouvidos agora.

Lucas Villa declarou que ele e a família de Fernanda Lages estão dispostos a revelar suas impressões sobre o crime no dia 25 de outubro, quando termina o prazo para conclusão do inquérito. "A polícia fala sempre que apresentará esse resultado até o dia 25. Esperamos que esse resultado seja apresentado e não se constitua no suicídio da Polícia Civil do Piauí". O advogado depositou confiança nos atos do Ministério Público e disse que o inquérito deixou lacunas que precisam ser exauridas com as oitivas.

   Promotor Eliardo Cabral, advogado Lucas Villa e o promotor Ubiraci, durante entrevista coletiva 

 

                                               Promotor Eliardo Cabral   

 

       Bizet Castro, mãe do engenheiro Jivago quando deixava o Ministério Público

            Promotor Ubiraci Rocha quando deixava a Procuradoria de Justiça, nesta sexta-feira

Coronel Almeida quando deixava a Procuradoria de Justiça, após ser ouvido pelos promotores Eliardo e Ubiraci

                      Advogado Lucas Villa que representa a família de Fernanda Lages

 

 

Fonte: Cidadeverde.com

 

 

Última atualização ( Sex, 21 de Outubro de 2011 19:31 )