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Motoristas e cobradores de ônibus mais uma vez paralisaram atividades em Teresina |
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) recorreu da decisão e, por isso, a categoria voltou a paralisar as atividades nesta quarta (28), duas semanas, após o Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) ter suspendido a greve. O Setut alega não ter condições de pagar ticket-alimentação, plano de saúde e salário reajustado aos motoristas por conta da diminuição no número de viagens e pelo período que os ônibus ficaram parados. Passageiros aguardam em parada de ônibus em Teresina durante greve de motoristas e cobradores — Foto: Hélder Vilela/TV Clube Vai e vem do serviço A primeira paralisação aconteceu em 15 de maio, quando os motoristas pediram por melhores condições de trabalho e medidas de prevenção à Covid-19. Em seguida, as reivindicações se adequaram à demanda da Covid-19, já que muitos contratos de motoristas e cobradores foram suspensos e todos perderam ticket alimentação e planos de saúde. Com a volta das atividades econômicas e as flexibilizações do comércio de Teresina em Julho, o retorno dos ônibus era necessário, mas o Sintetro mantinha a greve e os trabalhadores do transporte coletivo se recusavam a voltar com suas atividades. No dia 8 de julho, após decisão da Justiça do Piauí, o sindicato passou a cumprir os 30% de frota durante os horários normais e nos horários de pico 70% da frota permitida circular durante a pandemia, fazia os percursos. No dia 11 de agosto, o sindicato suspendeu a greve e os ônibus passaram a circular com 100% da frota da pandemia (120 ônibus). Antes da pandemia, eram 400 ônibus. O Sintetro alegou, na época, que os trabalhadores temiam perder seus empregos e continuarem com contratos suspensos. O sindicato decretou pela segunda vez no dia 13 de outubro, ainda sem acordo com o Setut para negociar a norma coletiva de trabalho e garantir o direito ao plano de saúde e ticket alimentação. No dia 14 de outubro, os motoristas e cobradores de ônibus decidiram pela suspensão da greve. De acordo com a categoria, a decisão veio após o Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI) determinar que as empresas de ônibus paguem vale-alimentação e plano de saúde, duas das principais reivindicações do movimento. O Setut afirmou que recorreria da decisão. No dia 19 de outubro, um recurso chamado agravo regimental foi pedido pelo Setut e será julgado no dia quatro de novembro. Por conta disso, os motoristas e cobradores decidiram paralisar as atividades mais uma vez.
Fonte: G1/PI |
Última atualização ( Qua, 28 de Outubro de 2020 08:32 ) |