Escrito por Saraiva    Qua, 19 de Fevereiro de 2014 00:00    Imprimir
Ministro do STF nega recurso a acusado de ser o mandante do assassinato de Donizetti Adalto

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, negou seguimento ao Agravo de Instrumento interposto pelo ex-vereador de Teresina-PI, advogado Djalma Filho, pronunciado pela Justiça para ser julgado pelo Tribunal Popular do Júri, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Donizetti Adalto. 

O objeto do agravo era a decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Estado do Piauí.
Djalma Filho recorreu ao STF alegando “ausência de direito de defesa, por conta de jamais ter sido oportunizado prazo para produzir prova”. Djalma Filho afirma no recurso que “é garantido ao acusado o direito de ser processado perante juiz competente, resguardando, então, o Princípio do Juiz Natural”. De acordo com a decisão do ministro “o recurso é inadmissível, tendo em vista que o Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral da questão relativa à obrigatoriedade de observância das garantias constitucionais do processo ante o indeferimento pelo juiz, de determinada diligência probatória”. Para o ministro Luís Barroso “o recorrente limita-se a postular uma nova apreciação dos fatos e do material probatório constantes dos autos. Nessas condições, a hipótese atrai a incidência da Súmula 279/STF”.

                Ex-vereador de Teresina-PI, advogado Djalma Filho

A decisão é de 19 de dezembro de 2013 e foi publicada no dia 3 de fevereiro de 2014. Contra a decisão foi interposto Agravo Regimental, recurso judicial existente nos tribunais com o intuito de provocar a revisão de suas próprias decisões. Com o agravo regimental restam apenas dois recursos a serem apreciados pelos Tribunais Superiores.

Quem foi Donizetti Adalto

Natural do Paraná e radicado como apresentador de programa de TV no Piauí, Donizetti Adalto dos Santos, mais conhecido como Donizetti Adalto (Mandaguari, 7 de janeiro de 1959 — Teresina, 19 de setembro de 1998) foi um escritor, jornalista e apresentador. Foi espancado e assassinado com sete tiros à queima roupa na madrugada do dia 19 de setembro de 1998, pouco antes de uma hora da madrugada, na Avenida Marechal Castelo Branco, nas proximidades da ponte do Bairro Primavera, na Zona norte de Teresina-PI. Ele era candidato a deputado federal pelo PPS, e estava acompanhado de seu companheiro de chapa, o advogado e até então vereador de Teresina, Djalma da Costa e Silva Filho, mais conhecido por Djalma Filho, que buscava vaga na Assembleia Legislativa do Piauí também pelo PPS. Ambos retornavam de um comício em um automóvel Fiat Tipo quando foram abordados e Donizetti assassinado sem chances de defesa. A Polícia Federal ajudou a Polícia Civil nas investigações. Djalma chegou a participar do velório de Donizetti Adalto, que ocorreu no Ginásio de Esportes Verdão, em Teresina.


Jornalista Donizetti Adalto

A motivação do assassinato

As provas colhidas pelo Ministério Público do Estado do Piauí denunciaram que a suposta autoria intelectual do crime recai sobre Djalma Filho, na época vereador de Teresina. Naquela época, Donizetti já despontava no cenário político local com invejável índice de aceitação popular.

Comoção popular

Milhares de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre saindo do Ginásio Verdão até o Cemitério Jardim da Ressurreição, na Zona Sudeste de Teresina, onde Donizetti foi sepultado.

Frases e bordões

Donizetti Adalto também criou bordões e frases que até hoje são lembrados pela população piauiense como: “Morro e não vejo tudo” e “Cristo está voltando”, ou ainda palavras como gatunagem, tatú societi e mamismo. O slogan da candidatura de Donizetti Adalto era ‘Calar não calo e Pau na Máfia’.

 

Fonte:GP1

Última atualização ( Qua, 19 de Fevereiro de 2014 00:14 )