Escrito por Saraiva    Qui, 20 de Fevereiro de 2014 14:39    Imprimir
Polícia de Campo Maior investiga venda de bebê pela internet por R$ 1.500

A suposta venda de um bebê com apenas um dia de vida está sendo apurada pela Delegada Regional de Campo Maior, Ana Luiza Marques. A mãe do recém-nascido deu à luz em uma clínica particular, nesta quarta-feira (19) e a falta de intimidade entre a jovem e a suposta compradora, que seria do Estado do Paraná, causou desconfiança. Há suspeita de tráfico de pessoas. O bebê seria levado por R$ 1.500. 

Segundo Ana Luiza, a mãe é natural do Município de Capitão de Campos, distante 126 km de Teresina (PI), e teria conhecido a paranaense em um site de relacionamento, vinculado a adoção. O contato entre as duas teria se dado há cerca de três meses e pelo suposto acordo, a acusada pagaria o parto da mãe, no valor de R$ 1.500, em troca do bebê. Durante todo o dia de ontem, as duas foram monitoradas, inclusive o celular da suspeita. "Elas não se conheciam, não tinham intimidade. Até o momento, não foi constatada a questão da venda, mas foi constatado que a mulher de fato veio ao Piauí para pegar a criança. Tivemos provas também de que toda a família da paraense já sabia da existência do bebê", explica a delegada. 

 

A acusada já foi identificada e prestou depoimento. A polícia apreendeu a passagem que L.S.B., 30 anos, usaria para deixar o Piauí. Ela não foi presa porque não houve flagrante. A mãe do bebê não foi ouvida ainda porque se recupera do parto. Mãe e filho foram acompanhados pela polícia até Capitão de Campos. Ambos passam bem. Para Ana Luiza, o caso ainda não pode ser caracterizado como tráfico de crianças, pois até o momento, há apenas indícios de que o motivo era a adoção. "De toda forma, o bebê não tinha como ser levado logo após o parto, devido ao estado de saúde e por também não haver autorização do Ministério Público. O recém nascido é do sexo feminino e só foi registrado após a repercussão do caso", destaca. A troca de mensagens entre as duas deverá ser apurada pela delegada titular de Capitão de Campos Ana Melka, que ficará responsável pelo inquérito policial. A mãe do recém nascido é de origem carente e já teria outro filho, alegando falta de condições econômicas para criar mais um filho. "Após prestar depoimento, a acusada disse que ia tentar a guarda provisória da criança, através da adoção. O caso continuará a ser apurado e se constatado algo poderá responderá por tráfico de crianças", finaliza a Delegada Regional de Campo Maior. Com informações do Portal Campo Maior.

Última atualização ( Qui, 20 de Fevereiro de 2014 15:27 )