Escrito por Saraiva    Qui, 20 de Março de 2014 17:44    Imprimir
Tribunal de Justiça nega liberdade de delegado preso acusado de peculato

O desembargador Edvaldo Moura, do Tribunal de Justiça do Piauí, negou nesta quinta-feira (20 de março de 2014), um habeas corpus impetrado pelo advogado Stanley de Sousa Patrício, que pedia a liberdade do Delegado da Polícia Civil do Piauí, Clayton Doce Alves Filho, preso na última quarta-feira (19), acusado dos crimes de peculato e falsidade documental. A defesa alegou que Clayton Doce sofreria de problemas psiquiátricos. 

A justificativa foi contestada pelo desembargador Edvaldo Moura que considerou o argumento como sendo de pouca relevância pelo fato de que o delegado poderia obstar o andamento da persecução criminal ou ainda furtar-se à aplicação da lei penal.

Delegado Clayton Doce teve a sua liberdade negada pelo Tribunal de Justiça do Piauí 

O magistrado destacou ainda que “não se vislumbra teratologia, ou ainda evidente abuso ou ilegalidade na decisão prolatada, mas ao contrário, se verifica que o juízo se preocupou em fundar concretamente a necessidade de medida constritiva, o que desautoriza a cassação de tal decisão. O desembargador concluiu que “ante o exposto, com base nas razões expedidas, denego o pedido de medida liminar”. 

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A prisão

O delegado Clayton Doce foi preso na tarde da última quarta-feira (19) depois do mandado de prisão expedido pelo juiz Francisco João Damasceno, da 1ª Vara de Piripiri-PI. A prisão foi determinada após inquérito policial instaurado em 2013, que apurava os crimes de falsidade de documentos e peculato, enquanto o delegado era titular da Delegacia Regional do Município de Piripiri. Contra o delegado, foram abertos ainda inquéritos para apurar outros crimes, além de processos administrativos disciplinares e ação de improbidade. Um dos crimes que o delegado foi acusado seria a cobrança de até R$ 50 mil para a ocultação de delitos.

Delegado Geral da Polícia Civil do Piauí, James Guerra Júnior 

Delegacia Geral

O delegado-geral James Guerra declarou que o atestado médico apresentado aponta que o delegado Clayton Doce sofre de uma síndrome que teria se desenvolvido recentemente e não na época em que o investigado teria cometido os crimes. 
“O atestado apresentado mostra que ele sofre de uma síndrome que se desenvolveu recentemente e que por isso, ele devia ficar afastado do cargo de delegado, pois é uma profissão complexa que envolve questões de arma. De acordo com o atestado, essa síndrome só se desenvolveu recentemente e não na época dos crimes. Com isso, o inquérito vai continuar normalmente”, afirmou James Guerra. Com informações do GP1.

 

Última atualização ( Qui, 20 de Março de 2014 17:49 )