Escrito por Saraiva    Qua, 07 de Maio de 2014 08:51    Imprimir
Hospital Regional enfrenta lotação enquanto obras de novo centro médico estão paradas

O Hospital Regional Justino Luz, de Picos (PI), está enfrentando sérios problemas de atendimento por conta da grande procura por pacientes da região e de cidades vizinhas. O hospital está sempre lotado e as obras do novo Centro de Referência médica, orçada em mais de R$ 38 milhões estão paradas. "Falta estrutura e vagas porque a população não tem como procurar hospitais particulares fora daqui e todos acabam procurando o regional", afirmou o cardiologista Joaquim da Silva. Pelos corredores do hospital é possível observar que os médicos se desdobram para garantir o atendimento de urgência e emergência.

 

Por mês, são atendidas 15 mil pessoas e entre elas três mil com serviços de alta complexidade. Para superar a ausência da infraestrutura pública, o hospital investe na construção de unidades para cuidados intermediários. O orçamento é de R$ 2 milhões .

Outra construção que pode regularizar a situação é a construção do Centro de Referência Médica, orçado inicialmente em R$ 38 milhões e 600 mil, sendo R4 35 milhões do Governo Federal e R$ 5 milhões do Estado, mas as obras estão paralisadas. O projeto original, foi elaborado por especialistas e prevê uma estrutura para os próximos 20 anos.

A expectativa é que a unidade atenda meio milhão se pessoas, ou seja, a metade da população de Teresina. "O Centro será uma redenção, o hospital será um divisor de águas na estrutura da saúde do município", reforçou o diretor do Hospital Regional Justino Luz, José Ayrton Bezerra.


Dinheiro devolvido

Por conta de entraves legais as obras estão paradas desde o ano passado. No mês de dezembro de 2013, o Estado deixou de utilizar R$ 35 milhões assegurados em verba parlamentar para a construção do hospital e o dinheiro acabou voltando para os cofres públicos.

Problemas com licitação

A primeira empresa licitada foi afastada e acabou entrando com um processo na justiça para retornar a construção ao passo que surgiram novas interessadas. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, José Almeida Leal, o que falta é interesse político para levar a obra adiante. "O problema é que as obras do hospital que deveria ser o guardião não avançam. A gente vê que é uma coisa feita pra não funcionar. Quando começa a política eles botam pra frente e usam o hospital para enganar a população", pontuou o presidente.

Nova licitação

 

Segundo José Almeida Leal, uma nova licitação foi feita pelo governo com um valor três vezes maior ao da primeira. Segundo ele é "estranho" a multiplicação do valor. "O governo já fez outra licitação de R$ 100 milhões para o mesmo projeto. Como é que ele custava R$ 35 milhões e agora vem com R$ 100 milhões. O Estado tem condições de bancar o hospital? É estranho", questionou o presidente.

Última atualização ( Qua, 07 de Maio de 2014 08:57 )