Os delegados e agentes de Polícia Civil realizam na próxima segunda-feira (12 de maio de 2014) um protesto contra as más condições da Central de Flagrantes de Teresina, no Piauí. Eles afirmam que a situação continua crítica no imóvel que chegou a alojar 70 presos na sexta-feira (9) e não há vagas no sistema prisional que abriguem estes detentos.

Segundo a presidente do sindicato da categoria, delegada Andrea Magalhães, os delegados lotados na unidade pretendem chamar a atenção dos gestores, sobretudo da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), responsável pelos presídios, para o problema.

“Os delegados da Central não aguentam mais. Não há como receber mais gente. As celas estão com buracos, sendo que os presos não podem ser retirados para consertar e o reparo é feito com eles dentro. A qualquer momento pode haver uma fuga em massa. A Sejus nunca visitou a Central nem se pronunciou ou cumpriu a ordem judicial. Vários órgãos foram comunicados e nada foi feito”, relata.

Cristiano Ribeiro, presidente do Sindicato dos Policiais Civis, acrescenta que a situação dos que trabalham no local é limite. “A partir de segunda-feira às 8h estaremos protestando na própria Central. Os próprios policiais não aguentam tomar conta de mais de 70 presos. A orientação é de não receber ninguém a partir de segunda. A situação se arrasta há muito tempo, as fugas são constantes, o local é totalmente insalubre e não foi construído para aquele total de presos”, reclama.

Presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro

Segundo o presidente do Sinpolpi, a tensão as fugas são comuns e não existe um local para a triagem. “Ali tem preso por Lei Maria da Penha, assaltante, doentes com tuberculose, hanseníase, Aids. É um risco pra eles próprios e os servidores. É uma situação absurda”, critica.Com informações do Portal Cidadeverde.