Representantes do sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transportes Rodoviários (SINTETRO) e das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT) não chegaram a um acordo durante reunião no final da tarde desta quinta-feira (22/05) na sede do Tribunal Regional do Trabalho e a greve marcada para amanhã (23) está mantida. O desembargador Francisco Meton Marques determinou que a categoria mantenha 50% da frota circulando durante o período da greve. Em caso de descumprimento, o sindicato será multado em R$ 5 mil por dia. Duas propostas serão analisadas em assembleia da categoria marcada para 9h de amanhã: uma de reajuste de 8% com data-base para maio e a outra de reajuste de 7,5% com data-base para janeiro. As duas propostas são lineares, ou seja, o reajuste valerá também para o tíquete alimentação e outros benefícios.

O presidente do Setut, Herbet Miúra, declarou que vai aguardar a decisão da categoria para se pronunciar sobre as duas propostas do Ministério Público. "Não somos contra a categoria fazer reivindicações, mas é preciso salientar que o valor da tarifa está fixada em R$ 2, 10 há anos e os gastos só aumentando", argumentou. Já o presidente do Sintetro, Francisco das Chagas, reconheceu que houve "avanços" nas negociações. "Mas a categoria é soberana, não adianta, é preciso que todos os motoristas e cobradores se posicionem para que seja tomada melhor decisão para todos os lados", salientou.

A Superintendência Municipal de Trânsito realiza cadastro de veículos alternativos, como vans e micro-ônibus, que irão complementar o transporte coletivo em Teresina enquanto durar a greve. Os passageiros só poderão pagar a passagem, que continuará em R$ 2,10, em espécie e os estudantes que apresentarem a identidade estudantil terão o direito a meia passagem. Durante a assembleia, houve o debate sobre a isenção de impostos e desoneração da folha que poderia levar a uma redução de gastos e, consequentemente, um alívio nas contas das empresas de ônibus. A proposta será levada para estudo do governador e sua equipe econômica. Com informações do Portal 180graus.