Escrito por Saraiva    Sex, 23 de Maio de 2014 11:01    Imprimir
Motoristas rejeitam proposta e decidem manter paralisação

Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina realizaram na manhã desta sexta-feira (23 de maio de 2014), uma assembleia geral e rejeitaram as propostas de reajuste sugeridas pelo Tribunal Regional do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho na tarde de quinta-feira (22 de maio de 2014). Desta forma, eles resolveram manter o movimento grevista por tempo indeterminado. Na audiência de ontem, o procurador do Trabalho João Batista Luzardo Soares sugeriu reajuste de 8% com data base em maio. Já o presidente do Tribunal, desembargador Francisco Meton Marques, apresentou um aumento de 7,5% com data base em janeiro. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Francisco das Chagas Oliveira, e o ex-presidente da entidade, José Esmerindo, fizeram a comparação entre o movimento teresinense e as greves realizadas em São Paulo e Rio de Janeiro. Esmerindo disse que os motoristas cariocas não conseguiram o reajuste.

“Em são Paulo só querem dar 3%. Se formos para o dissídio, é o juiz que vai decidir e (o aumento) pode ficar em 7%”, declarou. Chagas afirmou que deixar a decisão nas mãos da Justiça pode ser prejudicial e é melhor conversar agora com o Setut. Mesmo com os argumentos, a maioria da categoria votou pela continuação da greve. Francisco das Chagas garantiu que serão mantidos os 50% da frota, mas ressaltou que o Sindicato não tem domínio sobre os trabalhadores. “Se algum motorista não quiser trabalhar, não vamos forçar. A categoria está indignada e é o momento de mostrar para a sociedade as nossas condições de trabalho”, declarou. Ele acrescenta que o mínimo aceitável é 10% com a data base sendo alterada para janeiro. Após a assembleia os trabalhadores interditaram parte da rua Paissandu. Com informações do Portal Cidade Verde.