Escrito por Saraiva    Ter, 05 de Agosto de 2014 11:43    Imprimir
Polícia identifica autor das ameaças batizadas de "irmandade homofóbica"

A Delegacia Especializada de Repressão às Condutas Discriminatórias desvendou a denúncia sobre a existência de uma irmandade homofóbica que estaria ameaçando homossexuais em Teresina (PI). O delegado geral James Guerra informou que as pessoas já foram identificadas e os nomes  serão divulgados durante coletiva ao meio dia desta terça-feira (05 de agosto de 2014). “Houve uma pessoa que realizou a postagem e outras que compartilharam. Já temos os nomes e o autor do crime”, afirmou James Guerra.

As ameaças começaram em fevereiro deste ano, quando um bilhete, supostamente assinado pelo grupo “Irmandade Homofóbica”, começou a circular por Teresina incitando a violência contra homossexuais. Em março, uma nova imagem foi compartilhada nas redes sociais com ameaças diretas à coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana. A Polícia Federal também abriu inquérito para apurar o caso.


Prisão no Paraná

No estado do Paraná, o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil de Curitiba (PR) identificou o autor de ameaças contra o militante LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) denunciado pela Ouvidoria e pelo Disque 100 em setembro de 2012. Investigação durou cerca um ano e meio e foi feita a partir de denúncias à Ouvidoria e ao Disque 100. O autor foi preso e depois liberado, após pagar fiança. A investigação está a cargo do delegado Sebastião Escórcio, titular da Delegacia Especializada de Repressão às Condutas Discriminatórias, que irá divulgar o resultado do inquérito policial. O suspeita que seria um empresário com perfil no Facebook estaria produzindo o material e outros compartilhando. “É inaceitável que este tipo de grupo continue aterrorizando os homossexuais de Teresina. Nosso trabalho é cobrar das autoridades providências para que isso não fique impune”, afirma Marinalva Santana. “Repudiamos qualquer tipo de violência, por isso, estamos nos articulando com o Poder Público para que esses criminosos sejam presos o mais breve possível”, finaliza.

Caso Brenda Vitória

 

O delegado geral ressaltou que o crime da travesti Makelly Castro, encontrada morta no último dia 18 de julho, na Zona Sul de Teresina, não tem relação com a agressão a travesti Brenda Vitória. James Guerra ressaltou que no levantamento da polícia não existe a confirmação de um “serial killer” atuando em Teresina. “O que existe são crimes isolados e com motivações diferenciadas”, disse James Guerra.