Escrito por Saraiva    Ter, 19 de Agosto de 2014 14:05    Imprimir
Jovem morto dentro de uma loja de celulares já tinha praticado outro assalto

A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (19), o relatório final do inquérito que apura o caso sobre a morte de Acherles Rafael Ramos de Castro, 24 anos, morto em 28 de julho deste ano em uma loja de celulares na Avenida Presidente Kennedy, Zona Leste de Teresina (PI). 

Segundo o delegado Higgo Martins, da Delegacia de Homicídios, Archeles teria participado de crimes, ao contrário do que dizia a família. “Após a divulgação da foto de Archel, várias pessoas disseram que ele tinha participado de roubos em Teresina. As informações foram checadas e uma delas se confirmou. Em março, ele se passou por cliente de uma Pet Shop e anunciou o roubo, rendendo a veterinária e funcionários. Ele levou telefones, objetos da loja e dinheiro. O celular da veterinária foi encontrado com a companheira dele”, adianta o delegado.

Martins diz ainda que a morte de Archeles foi uma ação legítima do policial que trabalhava como segurança no estabelecimento. Imagens da perícia mostram que Archeles teria anunciado o assalto, causando a reação de início da luta corporal.

"O suspeito chegou na loja e pediu para ver uma capa de celular, quando a atendente mostrou a capa, ele anunciou o assalto e sacou o revólver calibre 38. Em seguida percebeu que havia um policial militar no ambiente que ameaçava sacar a arma. Nesse momento, Archelles disparou contra o PM, sem ter tempo de sacar, o policial começou uma luta corporal com o suspeito para tentar tirar o revólver dele. Nesse momento, um vidro da loja caiu sobre o Archeles e feriu o policial que final conseguiu tomar a arma e mandou que ele não se movesse. Entretanto, Archelles viu que a pistola do policial estava caída próximo ao sofá e tentou pegá-la. Nessa hora, o policial deu um tiro que acertou de raspão no ombro. Ele continuou e tentou pegar a pistola, foi aí que o policial atirou duas vezes nas costas do suspeito que morreu no local", narra o delegado.

O inquérito não indicia o policial miliar, por entender que ele agiu para impedir o assalto e em defesa pessoal e dos demais que estavam no estabelecimento.


Higgo Martins afirma que a cena do crime não foi alterada. "O sistema de câmeras realmente não estava funcionando. O que aconteceu de diferente foi o policial ter saído do local e deixado a arma do suspeito ao lado do corpo. Isso não foi feito para alterar a cena, mas para provar sua inocência", declarou.

Segundo a polícia, Archeles estava com uma bermuda por baixo da calça jeans, o que indicaria que ele iria mudar de roupa, indício que comprovaria sua intenção de praticar crimes.

 

 

 

Fonte: Cidade Verde.