Escrito por Saraiva    Sex, 05 de Setembro de 2014 16:16    Imprimir
73 pessoas foram assassinadas no Estado do Piauí no mês de agosto de 2014

O mês de agosto de 2014 vai entrar para a história como o que registrou o maior número de assassinatos no Piauí em todos os tempos. Nada menos do que 73 pessoas foram mortas no Estado em agosto. Os recordes negativos anteriores eram de 64, no ano passado e 62 já em março deste ano. Os dados são da pesquisa mensal realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi) com base nas reportagens dos meios de comunicações do Estado.

Segundo o Presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro, pelos números divulgados, é como se durante todos os dias de agosto tivessem sido mortas dolosamente 2,3 pessoas. Para se ter uma ideia do grande número de vítimas, só os crimes registrados em Teresina em agosto foram em quantidade maior do que o mês de julho em todo o Estado. Enquanto que julho registrou um total de 45 homicídios, em Teresina, em agosto, 47 pessoas tombaram abatidas por disparos de armas de fogo, golpes de armas brancas e outros instrumentos, como pedras, paus, dentre outros. “O envolvimento com entorpecentes, principalmente o crack, é o responsável pela maioria dos assassinatos”, analisa Cristiano.

Presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro

Os crimes praticados em acertos de contas em brigas pelos pontos de vendas de drogas ou mesmo em cobranças de débitos do tráfico foram um total de 21 casos. Pode ser muito mais se os casos classificados como “não consta”, tivessem sido revelados pela Polícia no momento em que os dados da pesquisa eram compilados. Igualmente elevado é o número de vítimas com envolvimento no submundo do crime ou que já tenha passagens pelos presídios ou casas de internações de adolescentes infratores.  Quinze das vítimas eram ex-detentos, ex-internos, assaltantes, dependentes químicos ou traficantes, conforme os dados da pesquisa. Em 16 casos não foi possível descobrir as ocupações das vítimas. Onze foram qualificadas como estudantes e outras sete eram lavradores.  Neste período dois taxistas e um mototaxista foram mortos, além de outras ocupações. Quarenta e seis assassinatos foram cometidos com armas de fogo; vinte com armas brancas e nove com outros tipos de instrumentos, como pau, pedra ou mesmo queimaduras e chave de fenda. Com informações do Sinpolpi.

Última atualização ( Sex, 05 de Setembro de 2014 16:21 )