Escrito por Saraiva    Qua, 17 de Dezembro de 2014 18:30    Imprimir
Capitão é afastado de comando da PM em Pedro II após denúncia de enriquecimento ilícito

A Polícia Militar do Piauí comunicou o afastamento do Comandante de Policiamento do Município de Pedro II, no Norte do Piauí, após denúncias de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. De acordo com a investigação, o capitão-PM David Márion Barros Araújo, seria cumplice de sua esposa, a ex-diretora do Juizado Especial de Pedro II, Esmaela Pereira Macedo, que supostamente cobrava propina na expedição de alvarás do Juizado.

A polícia encontrou indícios de que o capitão David adquiriu um patrimônio de cerca de R$ 300 mil. No relatório consta que o policial obteve um acréscimo de aproximadamente R$ 72 mil entre os anos de 2008 e 2011, além de um veículo no valor de R$ 80 mil e uma residência de R$ 150 mil que seriam incompatíveis com a renda familiar do casal.

O afastamento do capitão foi divulgado no Diário Oficial do Estado do Piauí, datado do dia 16 de dezembro de 2014, depois que o Conselho de Justificação da Corregedoria da PM analisou as ações cíveis e criminais que tramitam na Justiça. Segundo a denúncia, o capitão teria ocultado da Receita Federal e da Polícia Militar parte significativa do patrimônio  “reforçando os indícios no tocante aos crimes contra a administração pública e auxiliar a ocultação da atividade ilegal praticada pela esposa”, argumenta o Diário Oficial. A esposa do capitão foi exonerada do cargo de confiança no Juizado, ainda no início das investigações.


Entenda o caso

As promotorias de Justiça de Pedro II denunciaram a ex-diretora do Juizado Especial Cível e Criminal do Município de Pedro II, por haver indícios de que houve apropriação de recursos originários de transações penais no mês de abril deste ano (2014). O Ministério Público constatou, após quebra do sigilo bancário e fiscal, que relevantes quantias foram depositadas na conta corrente dela por pessoas beneficiadas por alvarás expedidos pelo Juizado Especial. Tais movimentações foram registradas nos anos de 2010 e 2011.

No documento, uma vítima declarou ter sido acompanhada pela investigada até o caixa, e que no ato do saque a ex-diretora do Juizado teria exigido metade do valor de um alvará. A vítima alegou que tentou resistir, mas que ao final cedeu porque teve receio de perder o documento, já que este ficou em posse da investigada durante todo o tempo.

Outras três pessoas foram denunciadas, entre advogados e um corretor de seguros do DPVAT. As investigações foram conduzidas pelos dois Promotores de Justiça da comarca, Plínio Marinho e Avelar Fortes. O Cidadeverde.com tentou falar com o capitão David Márion Araújo e Esmaela Pereira Macedo e não conseguiu localizá-los.


Fonte:Portal Cidade Verde

Última atualização ( Qua, 17 de Dezembro de 2014 19:06 )