Escrito por Saraiva    Dom, 18 de Janeiro de 2015 20:41    Imprimir
Governo alega não ter como pagar reajuste do salário dos servidores já aprovado em lei

O Governo do Estado do Piauí não tem condições de pagar os reajustes no salário dos servidores, nos planos de cargos e salários que previam aumento ainda este mês e salário dos auditores fiscais da Secretaria de Fazenda. Segundo o secretário de Administração, Francisco José Silva, o Franzé, vai ser preciso abrir o diálogo com as categorias e buscar a melhor forma de negociar.

"Vamos mostrar de forma transparente a situação financeira e administrativa do Estado. Estamos no Serasa como diz o governador.", adiantou o secretário. Ele disse que a primeira medida é reduzir o custeio da máquina pública e tendo atenção especial nas áreas que foram decretadas emergência. "Temos que reorganizar o Estado do ponto de vista econômica e administrativo. Isso tem que ser feito de forma rápida e temos que ser melhor. Não tem como programar aumento, porque não tem recursos para isso.", justificou o secretário. "O problema do Estado é o financeiro. É ter o dinheiro. A orientação é fazer o que é possível com os recursos disponíveis.", acrescentou Franzé. "Estamos falando em gente, em pessoas, e temos que ter a sensibilidade para negociar", adiantou.Secretário de Administração do Estado do Piauí, Franzé

A ideia do Governo é fazer um acordo de parcelamento para o reajuste das categorias, a exemplo do que foi feito em anos anteriores com os policiais militares. O governo já está negociando e parcelando as dividas em atraso com empresas e fornecedores. "Não temos como pagar. Estamos vendo o que é possível, de acordo com o fluxo de caixa do Estado", frisou. 
Para tentar aliviar o caixa, o Governo está orientando algumas empresas e fornecedores a buscar a via judicial, porque vai pleitear o recebimento do dinheiro por meio de preca-tórios. E mesmo assim, o Estado vai se defender da ação através da Procuradoria do Estado. "Nossa preocupação é com a economia do Estado. Temos que procurar uma forma de ajudar as empresas e as pessoas para não termos um colapso na economia do Estado", argumentou o secretário. Ele afirmou que todos sabem a situação do Estado que tem as contas inadimplentes no CAUC e está descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal, portanto, não tem como conceder reajustes neste momento. "Ainda estamos pagando uma folha de R$ 250 milhões que ficou. Hoje, temos uma divida de R$ 2,5 bilhões. E temos R$ 2 bilhões de dinheiro parado por conta desta inadimplência.", explicou.
Franzé disse que o governo faz um esforço para manter a máquina funcionando. "Paralelo a crise, temos que atender os cidadãos com serviços e não podemos parar. O Piauí estourou o seu calculo com pagamento de pessoal na LRF, porque se concederam muitos reajustes salariais. Queriam prestígio e popularidade e concediam aumentos sem fazer o cálculo do impacto financeiro. Se negligenciou também a receita.", Informou o secretário.Com informações do Diário do Povo.

Última atualização ( Dom, 18 de Janeiro de 2015 20:49 )