Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (19), o delegado Carlos César Camelo, Coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado no Piauí (Greco), informou que o defensor público Adriano Moreti alegou inocência e disse que quem estava cobrando propina de clientes era a sua secretária. Ele foi preso por volta das 11 horas desta quinta-feira (19 de fevereiro de 2015), na cidade de União-PI, a 59 km de Teresina.

Segundo a polícia, o defensor cobrava até R$ 5 mil por serviços públicos. Participaram da coletiva o Delegado Geral da Polícia Civil do Piauí, Riedel Batista e o delegado Kleydson Ferreira Costa e Silva.

Imagens: 180

Delegado Cesar Camelo, do Greco, acompanha os trabalhos

Segundo Carlos César Camelo, a primeira denúncia aconteceu em  julho de 2014 e partiu de três vítimas, todas de baixa renda e trabalhadoras rurais. O inquérito relata que eles chegaram a pagar R$ 5 mil ao defensor. Ainda de acordo com o inquérito, o defensor cobrava por serviços que deveriam ser gratuitos, entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. Algumas vítimas ouvidas no inquérito chegaram a pagar o dinheiro, mas como não tiveram a causa resolvida, denunciaram Moreti ao Ministério Público.

Juiz esteve na delegacia para saber como ajudar o filho do defensor

A denúncia foi recebida pela promotora de Uniao-PI, Giane Vieira Carvalho. "No inquérito temos robustas provas contra o defensor como depoimentos e extratos bancários. A secretária recebia e passava para ele", afirmou o delegado Kleydson Ferreira Costa e Silva. Ele ressaltou que o defensor chegou a devolver R$ 10 mil para duas das vítimas.

O advogado de defesa do defensor, Jurandir Porto, disse que a prisão é ilegal. Adriano Moreti vai ser encaminhado ao Quartel da Polícia Militar, já que possui curso superior. Com informações do Portal Cidade Verde.