Escrito por Saraiva    Sáb, 21 de Fevereiro de 2015 09:20    Imprimir
Câmara nega licença de prefeito acusado de matar a esposa e inicia a sua cassação

A Câmara Municipal de Lagoa do Sítio, no Piauí, negou o pedido de licença de 30 dias do prefeito José de Arimatéas Rabelo, o Zé Simão (PT), acusado de assassinar a própria esposa primeira-dama Gercineide de Sousa Monteiro Rabelo. A decisão foi tomada em uma sessão tensa na noite da última sexta-feira (20 de fevereiro de 2015).

Em votação aberta, os nove vereadores da Casa optaram por recusar a solicitação do petista, que deve ter o processo de cassação iniciado na segunda-feira (23). Após a medida, aos 5 minutos deste sábado (21), o vice-prefeito Antônio Ditoso (PTB) tomou posse como novo administrador da cidade localizada 234 quilômetros ao Sul de Teresina. Cerca de 300 pessoas acompanharam a votação ocorrida na sexta-feira. Pressionados pela população, que compareceu com faixas e cartazes pedindo justiça, os vereadores recusaram por unanimidade o pedido feito por Zé Simão na última quarta-feira (18).

Prefeito Zé Simão teve pedido de licença negado por unanimidade pela Câmara Municipal de Lagoa do Sítio-PI

Líder do movimento pela recusa ao pedido de licença de Zé Simão, o vereador Gilvan Araújo (PROS) comentou que a presença da população e a votação aberta contribuíram para a medida que deve resultar na cassação do petista. "O pedido foi colocado em votação e os nove vereadores votaram contra. A sessão estava lotada e o clima foi muito tenso. Com a pressão popular, até mesmo os vereadores que inicialmente pensavam em votar a favor mudaram seus votos. Com a votação aberta, ficou muito difícil votar a favor", comentou Gilvan Araújo. Com o pedido de licença negado, Zé Simão foi afastado da Prefeitura de Lagoa do Sítio-PI. A partir de segunda-feira, será iniciado o seu processo de cassação. Aos 50 anos, o petista é o principal suspeito de ter assassinado a primeira-dama Gercineide de Sousa Monteiro Rabelo com um tiro na cabeça. O crime ocorreu no dia 10 de janeiro e, de acordo com o inquérito finalizado pela Polícia Civil e encaminhado para o Ministério Público na quinta-feira (19 de fevereiro), contou com a participação da empregada doméstica Noêmia da Silva Barros. Ambos foram indiciados por homicídio qualificado e estão presos à disposição da Justiça.

Última atualização ( Sáb, 21 de Fevereiro de 2015 09:28 )