Escrito por Saraiva    Sáb, 28 de Março de 2015 18:44    Imprimir
Mulher achada morta com bilhete no bolso foi torturada e teve o pescoço quebrado antes de morrer, segundo novo laudo

A Delegacia de Homicídios encaminhará para a Justiça novas provas contra o autônomo José Augusto de Lima, acusado de matar, a comerciante Maria da Cruz Batista Paz, de 47 anos, em um motel no dia 16 de dezembro. O corpo da vítima foi encontrado na Rua Demerval Lobão no Bairro de Fátima, em Teresina (PI), depois de desovado com um bilhete no bolso. O delegado Emerson Melo presidiu o inquérito já remetido à Justiça.

“Solicitei o laudo cadavérico complementar, para na fase de instrução criminal, às provas colhidas durante o inquérito policial, sejam ainda mais robustas, e para mostrar a maneira cruel como ocorreu o assassinato. Ou seja, além de provada à existência do crime, apontamos à autoria material do crime atribuída ao indivíduo: José Augusto de Lima”, explicou o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Baretta.

(Fotos: Wilson Filho)

O exame complementar chegou às mãos do delegado neste final de semana e aponta que antes de ser morta com uma chave de roda, a comerciante foi torturada e teve seu pescoço quebrado.

“O laudo mostra que a vítima tem lesões de defesa realizadas ainda em vida, pancadas nos braços, dedos e mãos, traumas cranianos e vários ferimentos, mostra que ela foi torturada antes da morte, ou seja, ele premeditou a morte”, destaca o delegado Baretta.


O coordenador da especializada disse que o laudo deixa claro que não houve relação sexual antes da morte e que ela morreu às 15h e não às 17h e ficou no quarto com ele até as 22h. “Ele entrou no motel e foi logo tentando matá-la. Depois que acabou pediu um lençol extra e justificou que sua namorada estava menstruada, mas na verdade era para limpar o sangue da vítima, apesar de ter sido lavado o quarto, ainda conseguimos encontrar vestígios de sangue no local”, afirmou Baretta.

O delegado ressalta que as provas enriquecem o inquérito policial e a instrução criminal, pois o acusado não irá poder mudar seu depoimento na Justiça, porque está tudo provado.

“Aí é prego batido e ponta virada. Não adianta querer mudar a versão na justiça, contra fatos não há argumentos. Quero parabenizar os médicos legistas do IML, pelo excelente trabalho, só vi outro laudo igual no caso da morte do estudante universitário Gabriel Mendes, e teve como autora, Elidiane Barbosa, presa no Ceará, depois de treze anos”, afirma Francisco Baretta. O acusado continua preso à disposição do Tribunal do Júri. Com informações do Cidade Verde.