A central de Flagrantes de Teresina amanheceu nesta sexta-feira (24 de abril de 2015), com quase cem pessoas detidas quando a sua capacidade seria para apenas 20 presos. Os próprios agentes alertam para eventual rebelião. Na noite de quinta-feira a central de flagrantes parecia um caldeirão prestes a explodir. Não era nem 20 horas e já se contavam 87 presos. Até a triagem estava lotada e seis presos estavam amarrados do lado de fora da delegacia. "Estou prevendo 'merd...' aqui hoje, até as chaves da algemas estão quebradas", advertiu um policial que pediu para não ser identificado.

Presos na recepção, algemados uns aos outros, nos corredores, sem condições de fazer suas necessidades fisiológicas e princípio de tumulto nos xadrezes

Tentando resolver a situação ou pelo menos atenuá-la, o delegado Luciano Alcantara autorizou a retirada de cinco presos para Polinter, mas o plantão da especializada disse que só receberia os presos se o delegado de lá autorizasse. Na Polinter já estavam guardados sete presos, portando lotando a delegacia. O temor é que os presos se revoltem diante da situação de promiscuidade dos espaços físicos. Eles são amontoados também nos corredores sem condições sequer de fazer suas necessidades fisiológicas. "Faz é dias que falo que a situação aí ta insustentável. Enquanto não acontecer algo muito grave não farão nada", afirmou o temeroso policial. Com informações do Portal AZ.