O motorista de ônibus da Empresa Transbrasiliana, Francisco José do Espírito Santo, que está de licença desde o trágico acidente entre o veículo que conduzia e um caminhão tanque, ocorrido em dezembro de 2014, foi nesta manhã de sexta-feira (24 de abril de 2015) agredido dentro da garagem da empresa. Ele reivindicava a regularização do plano de saúde, tão necessário desde que ocorreu o acidente, quando acabou agredido e ferido.

"A empresa está com alguns meses atrasando salários e benefícios, e no ano passado houve uma discussão no Ministério Público em relação à questão dos atrasos. Foi elaborado um Termo de Ajuste de Conduta para que a empresa não mais pudesse atrasar o pagamento. Mas o que nos surpreendeu é que eles estão atrasando até o plano de saúde", disse o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Piauí, Ajuri Dias.

Motorista Francisco José foi agredido e ferido

Ele afirma que parte do valor do plano que é descontado do salário dos trabalhadores não estaria sendo repassado ao plano de saúde. "Aí o plano, que é o Medplan, cortou o atendimento aos trabalhadores", completa o vice-presidente do sindicato. Ajuri relata que nesta manhã de sexta-feira, o motorista, que além das sequelas por conta da cirurgia na cabeça ainda se recupera de uma depressão diante da perda do filho que morreu carbonizado no acidente, foi à empresa reclamar com um gerente, identificado pelos funcionários apenas pelo nome de Álisson. "Esse gerente agrediu o motorista e deu um murro no nariz que causou uma fratura. Até levamos ele no hospital, mas teve de ir na Central de Flagrantes", informou Ajuri. Por telefone, Francisco José do Espírito Santo, confirmou que prestou queixa contra o gerente acusado e que apesar da fratura, não houve nenhuma consequência mais grave. Preferiu não conversar sobre o assunto, temendo retaliações ainda maiores. Com informações do 180.