A adolescente vítima de estupro coletivo, que continua internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), não pode prestar depoimento à Polícia, pelo menos por enquanto. A garota de 17 anos teve traumatismo craniano e responde progressivamente o tratamento após 20 dias de internação. O médico Gilberto Albuquerque, diretor do HUT, informou que a adolescente apresenta alteração de comportamento.

“Às vezes a gente pergunta e ela responde sem nexo, ou não responde. Às vezes, fica calada, quieta. Ela ainda não tem condições de prestar depoimento à polícia”, disse o diretor do HUT. Pelo trauma que a garota foi vítima, Gilberto Albuquerque disse que ela pode esquecer da violência em que foi sofrida. “Ela pode ter lapso de memória ou bloquear psicologicamente a violência. Ela teve perda de massa encefálica e se recupera bem”, disse Gilberto. A adolescente já consegue caminhar, sentar e tem alimentação controlada.

Relembre o bárbaro crime de Castelo do Piauí

O bárbaro crime ocorrido na cidade de Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina, em que quatro adolescentes foram amarradas, estupradas e jogadas de cima de um morro pelos criminosos, chocou o Brasil. O caso ocorreu no final da tarde do dia 27 de maio deste ano (2015). As quatro amigas saíram para tirar fotos em um ponto turístico quando foram amarradas por cinco pessoas, sendo quatro menores infratores e um adulto identificado por Adão José de Sousa. As garotas foram molestadas, amarradas e jogadas de um morro de cerca de 10 metros. A garota Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos, que tinha um sonho de ser médica, não resistiu aos ferimentos e morreu no final da tarde do dia 7 de junho de 2015, no Hospital de Urgência de Teresina. Duas colegas de Danielly já tiveram alta do hospital e a outra adolescente continua internada no HUT. Todos os acusados da violência estão presos à disposição da Justiça.