Escrito por Saraiva    Qua, 15 de Julho de 2015 18:56    Imprimir
Pericia constata que mulher encontrada morta em lixão de Teresina foi queimada viva

A Polícia Civil do Piauí constatou através de exames periciais que Maria Adalgisa de Araújo foi queimada viva em julho deste ano. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado no dia 2 de julho de 2015, em um lixão localizado na Vila Irmã Dulce, na Zona Sul da Capital do Piauí (Teresina). O suspeito pelo crime, identificado por José Carlos Oliveira Pacheco, conhecido como Baiano, foi preso nesta quarta-feira (15) pela Delegacia de Homicídios.

José Carlos é natural de Vitória-ES. A sua prisão foi efetuada por policiais civis, sob o comando do  delegado Francisco das Chagas Santos Costa,  o Barêta, que coordenador da Delegacia de Homicídios do Piauí. De acordo com a polícia, o crime teve motivo passional e o inquérito policial foi presidido pelo delegado Danúbio Dias.

José Carlos, suspeito do crime que foi preso pela Polícia Civil

Segundo a investigação, a vítima havia afirmado que iria até a casa do suspeito para conversar com ele na última vez em que foi vista. "A última vez em que Maria Adalgisa foi vista, por volta das 14 horas, ela disse para a filha que iria vê-lo. Após isso, por volta das 17 horas, testemunhas afirmaram terem visto o suspeito ateando fogo em pedaços de madeira no exato local onde o corpo foi encontrado no dia seguinte", explicou o delegado Barêta.

Imagem:TV Cidade Verde

Lixão com a mulher foi encontrada morta

Sobre o motivo do crime, o delegado afirmou que a investigação levou a crer que a vítima e o suspeito tinham um relacionamento amoroso que já durava três anos. "O crime foi passional. Há informações de que ele insistia para que ela largasse o companheiro dela para ficar com ele e deduzimos que no calor de alguma discussão ele deve ter dado uma pancada nela até que ela tenha ficado desacordada", completou Barêta.

Suspeito do crime identificado por José Carlos que foi preso

O delegado informou ainda que alguns indícios comprovam que a vítima foi queimada viva. "Ela foi queimada viva, a causa mortis foi asfixia por inalação de vapores quentes. Além disso, foram encontrados materiais não orgânicos na traqueia dela, o que confirma essa teoria", ressaltou o delegado. A Polícia encontrou na marcenaria do suspeito João Carlos, madeiras semelhantes às usadas para queimar a vítima.

Ainda assim, o suspeito nega que tenha cometido o crime. "Ele nega o crime. E tenta enganar a polícia mentindo sobre ter sido visto no local onde o corpo foi encontrado. Ele diz que jogou a madeira em outro local e fomos com ele até esse lugar, chegando lá não há indícios de madeira nenhuma", finaliza o delegado Danúbio Dias.

Última atualização ( Qua, 15 de Julho de 2015 19:06 )