Escrito por Saraiva    Seg, 03 de Agosto de 2015 13:07    Imprimir
Tribunal de Justiça diz que 80% das vítimas de violência doméstica no PI são donas de casa

O Tribunal de Justiça do Piauí divulgou a segunda edição da cartilha de Combate à Violência Doméstica, que mostra que mais de 80% das mulheres vítimas têm como profissão serem donas de casa. A cartilha foi divulgada na manhã desta segunda (3 de agosto de 2015) pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Teresina-PI. O livreto ensina as leis de proteção às mulheres, onde devem procurar seus direitos e quais os crimes.

Nesta segunda edição, foi incluído o feminicídio, que é a qualificadora do crime de homicídio de mulheres pela questão de gênero. As mulheres que sofrem violência têm entre 20 e 39 anos e a maioria, 41,71%, são solteiras. A maior parte das agressões é de cunho moral com 37,87%, seguida da psicológica 32,72%; física 19,67%, patrimonial 8,27% e sexual 1,47%. O principal crime é injúria e ameaça e em 88% dos casos, a agressão ocorreu dentro de casa. Ainda segundo a cartilha, no Brasil a cada 15 segundos uma mulher sofre espancamento e 70% dos assassinatos são praticados por maridos, companheiros ou amantes. O lançamento da segunda edição da cartilha aconteceu no auditório do Tribunal de Justiça nesta segunda(3), realizado pelo juiz Olindo Gil Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Teresina. Segundo o juiz, a cartilha tem dados atualizados tanto das vítimas quanto dos agressores e é um instrumento para combater a violência doméstica. “Todas as orientações para que a mulher vítima possa se proteger e agir quando se sentir ameaçada”, disse o juiz Olindo Gil Barbosa. Além do lançamento da cartilha, está acontecendo um mutirão para agilizar as ações que tramitam na Vara de Violência Doméstica. O mutirão acontece em Teresina, Parnaíba e Picos. A juíza Melissa Pessoa, coordenadora estadual da campanha da Justiça Pela Paz Em Casa, disse que a partir de amanhã às 10 horas terá atividades na Praça Rio Branco, divulgando a cartilha e orientando junto com várias entidades, como a mulher deve proceder em caso de violência.

Última atualização ( Seg, 03 de Agosto de 2015 13:14 )