Escrito por Saraiva    Ter, 04 de Agosto de 2015 20:19    Imprimir
Delegado diz que tese de defensor sobre o caso de Castelo do Piauí é 'absurda e oportunista'

O Delegado Geral da Polícia Civil do Piauí, Riedel Batista, rebateu os argumentos apresentados pelo defensor público Gerson Henrique, de que apenas o adolescente Gleison Vieira Silva, 17 anos, teria envolvimento no estupro coletivo praticado contra quatro garotas da cidade de Castelo do Piauí, no dia 27 de maio deste ano, e que culminou com a morte de uma das vítimas, Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos.

Para Riedel, a tese apresentada pela defesa é "absurda e oportunista, além de desrespeitar todo o trabalho feito pela Polícia Civil, pelo Ministério Público e pela Justiça". O delegado geral ressalta que a fase do inquérito policial já foi concluída há semanas, e deveria ter sido contestada, se fosse o caso, bem antes. "Essa tese é despropositada e não tem fundamento algum. O defensor tem que cumprir o seu papel, claro, mas para isso deve apresentar argumentos equilibrados e sensatos. Não pode desrespeitar o trabalho dos outros, porque ninguém aqui é amador. Somos todos profissionais, a Polícia, o promotor e a Justiça [...] Eu entendo que a defesa desses menores é realmente muito difícil, mas também não se pode apelar. Querer atribuir a culpa de todo o crime a apenas um menor que nem está mais aqui para se defender é absurdo. Chega a ser um desrespeito inclusive com ele [Gleison]", critica Riedel.

Delegado Geral da Polícia Civil do Piauí, Riedel Batista

O delegado também falou que o inquérito policial está embasado em inúmeros depoimentos e em fartas provas técnicas, produzidas a partir da perícia realizada nas vestimentas de vítimas e dos acusados e, ainda, dos exames feitos nos adolescentes infratores, nas meninas atacadas e em Adão José de Sousa, único adulto acusado de participação na barbárie.

Riedel descarta a possibilidade de a investigação ser reaberta, por conta do recurso que o defensor dos menores pretende apresentar à Justiça. "É muito cômodo alegar que só um dos menores foi o autor do crime, logo agora que ele está morto. E, inclusive, foi assassinado pelos outros envolvidos. Se eles são tão inocentes, então por que mataram [o Gleison]?", questiona.

O delegado geral afirma, ainda, que nenhuma pessoa de bom senso acreditaria que um adolescente franzino conseguiria sozinho render, amarrar e violentar as quatro garotas vítimas, que têm a mesma faixa etária de Gleison. Com informações do Portal O Dia.

Última atualização ( Ter, 04 de Agosto de 2015 23:56 )