Escrito por Saraiva    Dom, 30 de Agosto de 2015 17:57    Imprimir
Parada faz homenagem a Makelly Castro assassinada e repudia atos de homofobia

O movimento LGBT do Piauí faz homenagem a travesti Makelly Castro durante a 14ª Parada da Diversidade, que acontece neste domingo (30 de agosto de 2015), na Avenida Raul Lopes, na Zona Leste de Teresina-PI. Ela foi assassinada por asfixia em julho de 2014 e o suspeito - o professor universitário e jornalista Luís Augusto Antunes- está preso há dois dias.

Maria Laura dos Reis, integrante do Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis, veste camisa com a frase "Makelly 4ever", em memória a amiga. "Foi uma surpresa saber que o professor é suspeito,  pois ele era militante da causa LGBT. Estamos fazendo essa homenagem para que o movimento não esmoreça. Desde o início estivemos na luta, cobrando diariamente,  para que a Polícia Civil encontrasse o asssassino de Makelly. Ela estará para sempre em nossos corações", disse Maria Laura.

Desde às 16h, militantes e simpatizantes do movimento do LGBT se concentram no Parque Potycabana, de onde sairão às 18h, em caminhada pela Avenida Raul Lopes até o estacionamento da Ponte Estaiada, onde acontece o show da cantora Vanessa da Mata, às 20h. Maria Laura, no ano passado, destaca que a parada da diversidade é um momento de comemoração e de repúdio contra atos homofóbicos. Ela ressalta que, no ano passado, 14 lésbicas e gays foram mortos no Piauí. Marinalva Santana, uma das organizadores do evento, disse ainda que durante a Parada da Diversidade- que tem como tema Quem Ama Cuida-  haverá um momento para pedir Justiça e punição ao suspeito de matar Makelly Castro. "Todo mundo do movimento ficou assustado e perplexo", desabafa. Caravanas de vários municípios estão chegando ao local e um trio elétrico anima os brincantes. "A parada faz jus à diversidade. Aqui tem movimentos sindical, estudantil, cadeirantes, movimento gay...", disse Laura.

Miss Universe Gay

Milla Dhias, eleita Miss Universe Gay 2015, também marca presença no evento. Natural de Timon-MA, ela conta que participa do evento há dois anos, um momento importante para levantar a bandeira da intolerância. "É importante para que as pessoas a conheçam a diversidade e possam aceitar. Lógico que não se combate a homofobia da noite para o dia, mas aos poucos as pessoas enxergam que o diferente é normal", disse Mylla. Com informações do Portal Cidade Verde.

Última atualização ( Dom, 30 de Agosto de 2015 18:26 )