Escrito por Saraiva    Qui, 08 de Outubro de 2015 08:26    Imprimir
Terceirizados poderão ser presos em flagrante delito fazendo atividades da Polícia Civil

O Ministério Público do Estado do Piauí encaminhou ofício requisitando cópia do contrato, relação da função e lotação dos terceirizados que estão atuando nas Delegacias da Polícia Civil do Piauí. A medida foi tomada depois de denuncias feitas pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí (Sinpolpi), que por meio de testemunhas e de vídeos funcionários terceirizados são flagrados fazendo atividades que deveriam ser desenvolvidas por agentes de polícia e em alguns casos até por delegado.

De acordo com Constantino Júnior, presidente do Sinpolpi, há denúncias de que terceirizados lotados no 24º Distrito Policial estariam levando inquéritos para casa, para depois relatá-los, atividade que deveria ser realizada pelo delegado. “Um policial procurou o sindicato para denunciar que há terceirizados no 24º DP levando inquéritos para suas residências, uma atividade que deveria ser desenvolvida pela Polícia Civil, imagine uma pessoa vítima de estupro ter que relatar a ocorrência para uma pessoa sem carreira típica de Estado. A terceirização dentro das delegacias tornou- se um caos, que prejudica a Polícia Civil e a sociedade”, afirma Constantino Júnior.

Presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior

Representantes do Sinpolpi se reuniram na última terça-feira (6 de outubro de 2015), na Assembleia Legislativa do Piauí com a Comissão de Segurança Pública solicitando uma audiência pública para discutir o assunto. Também o Ministério Público do Trabalho foi acionado e caso o MP se posicione a favor do sindicato, os terceirizados poderão ser presos em flagrante delito, por desvio de função. “Estamos insatisfeitos com a gestão da secretária de segurança por permitir colocar terceirizados, pessoas estranhas à Polícia Civil dentro das delegacias. Com essa medida entendermos que qualquer cidadão pode registrar um Boletim de Ocorrência, fazer inquérito e ainda retirar algemas de presos, como veem ocorrendo. O fato é que cada policial que faz um Boletim de Ocorrência tem uma senha no sistema e essa senha é intransferível, ou seja, essas pessoas as quais não sabemos nem se possuem antecedentes criminais acabam vivenciando o dia a dia da Polícia”, explica Constantino Júnior. Com informações do Portal AZ.

Última atualização ( Qui, 08 de Outubro de 2015 10:46 )