Emocionada, Bia Mesquita que era esposa do cabo da Polícia Militar do Piauí, Erisvan Mesquita, morto a tiros na última segunda-feira(23 de novembro), em Teresina-PI, afirma que o marido dizia que “só em vestir a farda estava correndo risco de vida”. Ela disse que ainda está abalada e espera que o suspeito não volte para as ruas para tirar a vida de outro "pai de família”.

Casada há 17 anos com o cabo Mesquita, Bia Mesquita, disse que o marido não merecia uma morte assim, sem direito a defesa. “Ele era uma pessoa boa, um cidadão honesto, de bem, trabalhador. Não tinha hora ruim para ele. Na hora que ligavam ele estava pronto para atender. Quando tinha uma (operação) planejada sempre participava”, afirma a viúva. O militar deixa uma filha de 14 anos e um garoto de dois anos e meio. “Fui à minha casa hoje e vi as coisas dele lá, fiquei muito abalada. Meu filho fica: mãe, cadê meu pai? E vou dizer o que para ele?”, questiona.

Bia Mesquita

No dia do crime, Bia Mesquita conta que o marido ligou às 12h55min dizendo para a esposa arrumar o almoço, que iria apenas pegar o malote e depois chegava em casa. Ela disse que ele começou a fazer o “bico” de transporte de valores há poucos meses. “Ele estava fazendo esse bico. Mas, quem é o PM que não faz bico para aumentar sua renda? O risco é muito grande para o salário que recebem. Eu pedia para ele não fazer, mas ele dizia que era só por um tempo e que depois iria deixar”, destaca. No último sábado, quando saiu uma reportagem sobre o roubo da arma de um policial, ele comentou com a esposa do risco que corria. “Nega, está vendo ai, só em vestir a farda estou correndo risco de vida. Era perigoso, mas nunca pensei que ele fosse morrer assim, não podendo nem se defender”, lamenta a esposa, emocionada. Ela disse que espera justiça. “O que eu espero é que a justiça seja feita, ela não vai trazer meu marido de volta. Mas pelo menos ele não vai tirar a vida de nenhum pai de família”, declara Bia Mesquita. Com informações do Portal Cidade Verde.