Escrito por Saraiva    Sáb, 05 de Dezembro de 2015 09:07    Imprimir
Procurador ingressa na Justiça com pedido de ilegalidade do movimento “Polícia Legal” no PI

Com base nos últimos acontecimentos envolvendo um grupo de Policiais Militares que anunciou paralisação dos serviços prestados à população, o Ministério Público, por meio do Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Moura, ingressou com uma ação judicial com a finalidade de obter a declaração da ilegalidade do movimento de cunho paredista promovido por sete Associações que lideram o movimento denominado “Polícia Legal”.

A ação foi proposta após declarações feitas à imprensa pelos líderes do movimento que afirmaram entre outras coisas que “policiais e bombeiros militares do Estado do Piauí cruzariam os braços a partir do dia 28 de novembro, e não executariam policiamento ostensivo e repressivo, não combateriam incêndios, atendimento pré-hospitalar e outras ocorrências que não atendam a ordem legal”. Procurador Geral de Justiça do Piauí, Cleandro Moura

Apurou-se ainda que a intenção do movimento paredista promovido pelas Associações Militares é paralisar as suas atividades em todo o Estado. “Nesse momento de violência incontrolada e ocorrência de incêndios, é inadmissível autoridades policiais cruzarem os braços, não obstante a vedação legal. Embora necessitem de melhores condições de trabalho, o interesse social se sobrepõe aos interesses individuais e de classe”, declarou Cleandro Moura. O pedido à justiça foi feito com base no art. 142, § 3º, IV, da Constituição Federal, que proíbe o militar de se organizar em sindicato e de entrar em greve. A ação pede a ilegalidade do movimento e a cessação imediata da paralisação das atividades policiais e do corpo de bombeiros, sob pena de multa diária de 10.000,00 (dez mil reais) em caso de descumprimento. Com informações do MPE-PI.

Última atualização ( Sáb, 05 de Dezembro de 2015 09:40 )