Escrito por Saraiva    Qui, 10 de Dezembro de 2015 11:04    Imprimir
Laudo diz que criança surda foi estuprada e sofre da Síndrome do Espancamento

Laudos médicos confirmaram que a menina de quatro anos, surda e muda, resgatada ontem (9), pelo Conselho Tutelar, foi estuprada e sofre da Síndrome da Criança Espancada. O delegado Jetan Pinheiro, da gerência de policiamento especializado, informou hoje (10 de dezembro de 2015), que o Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência Sexual (Samvvis) realizou exame para verificar a denúncia de abuso. Diante da confirmação, o delegado contestou a soltura dos suspeitos Erinaldo Nascimento dos Santos e Leila Dayane da Silva Sales, padrasto e mãe da menina. O delegado disse que existem provas contra os dois, mas que por determinação do juiz o casal foi solto. Segundo ele, o juiz não acolheu o pedido de prisão preventiva, alegando que o caso não abalou a ordem pública. "no nosso sentimento há motivos para que elas permanecessem presos, para evitar que o casal volte a delinquir", disse.

O delegado disse que foi aberto outro inquérito, já que foi confirmado o estupro. Ele disse que há também dúvidas sobre se o suspeito é pai biológico ou padrasto da criança. Ele informou ainda que a criança vai passar por exames lúdicos terapêutico, com psicólogos especializados, já que a criança é surda e não fala. Jetan disse também que serão ouvidos os quatro irmãos, um de dez, nove, seis e quatro anos. "Vamos ouvi-los para ver se eles relatam o que viam, como era a rotina e se agora eles têm coragem de dizer alguma coisa", explicou. De acordo com ele, o médico do HUT que atende a criança escreveu em "letras garrafais", no exame, que a menina sofre da Síndrome da Criança Espancada.


A Síndrome

A síndrome é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas. Além do comportamento típico de uma criança que sofre agressões, a menina apresenta hematomas e equimoses (fortes manchas de sangue na pele), diversas cicatrizes e escoriações, além de graves fraturas consolidadas nos braços. De acordo com o diretor do HUT, Gilberto Albuquerque, as fraturas apresentam características de terem ocorrido há dois ou três anos. Com informações do Portal Cidade Verde.