Um tenente da Polícia Militar apontado como dono da arma que atingiu a travesti Rony Pablo Souda da Silva, conhecido pelo seu nome social Pâmella, durante o Corso de Teresina, no Piauí, será intimado a depor. As investigações seguem sob responsabilidade do delegado Ademar Canabrava, do 12º Distrito Policial, que informou ao G1 que ouvirá o militar para confirmar se a arma era dele e o que ela fazia de porte com outras pessoas.

De acordo com o delegado Canabrava, quatro pessoas já foram ouvidas durante a investigação. As quatro relatam o mesmo fato, de que a autora do disparo que atingiu a travesti foi feito acidentalmente, enquanto as mesmas dançavam o hit do Carnaval, 'Metralhadora'. "Já temos tudo adiantado na investigação. A vítima teve uma melhora no seu quadro e esperamos ela melhorar ainda mais para poder ouvi-lá. Já mandei ofício solicitando a presença do tenente para prestar depoimento e tirar a dúvida quanto ao porte da arma, sendo dele ou não", disse. O estado de saúde da Pâmela ainda é considerado grave. De acordo com a direção do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), a travesti continua internada na unidade de saúde desde que ela deu entrada no dia do Corso, 30 de janeiro. Já são 12 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedada e em coma.

Delegado Ademar Canabrava

Entenda o caso

Na noite do dia 30 de janeiro, quando acontecia o Corso de Teresina, uma travesti identificada pelo nome de Pâmella foi atingida na cabeça com um disparo de arma de fogo. O tiro, segundo o andamento das investigações, teria sido feito de forma acidental por uma amiga de Pâmella, que também é travesti.

Em depoimento, a autora do disparo confirmou que teria disparado por acidente. Uma outra amiga da vítima prestou depoimento no 12º Distrito Policial e informou que Pâmella estava com um grupo de amigos se divertindo no Corso, e contou também que a travesti teria sido atingida enquanto fazia a coreografia da música 'Paredão Metralhadora'. Com informações do G1/PI.