Escrito por Saraiva    Ter, 20 de Dezembro de 2011 23:08    Imprimir
Família da estudante Fernanda Lages que foi encontrada morta em Teresina-PI se une para superar a dor da perda

"Oi Fernanda, minha vida. Papai a cada dia que passa sente mais saudades de você, filha. Conforme os dias vão passando, a dor aumenta. A angustia traz a tristeza e assim os sentimentos vão se alternando, mas sempre levando ao desejo de que a qualquer momento você possa vir me ver". Este é o começo de uma das cartas que o ex-vereador de Barras-PI, Paulo Lages fez para a filha de 19 anos, encontrada morta no dia 25 de agosto de 2011, nas obras da futura sede do Ministério Público Federal, em Teresina-PI. Quatro meses depois, a família tenta juntar forças para suportar a dor no primeiro Natal sem a jovem.

"Quando eu escrevo é como se eu estivesse falando com a minha filha", explica emocionado Paulo Lages, membro da família que tomou a dianteira para acompanhar as investigações e pedir Justiça. As cartas são uma forma de tentar falar para Fernanda aquilo que ele pretendia ao longo dos anos. 

Enquanto isso, a mãe Josélia preferiu o silêncio. "Eu era muito apegada com ela", disse em entrevista para a TV Cidade Verde. As poucas palavras foram as primeiras para a TV depois das semanas de luto, período em que busca guardar na mente "A imagem dela como era ela. Alegre, espontânea". 

Em Barras, dona Josélia tenta superar a perda, lamentada também por amigas da estudante de Direito. "Ela tinha um coração enorme, ela não tinha maldade em nada", comenta Bruna Castelo Branco.

Também muito apegado a Fernanda, que viu crescer na casa em Barras, o avô Umbelino ainda sente a morte da jovem que considerava uma filha. "A pior perca na minha vida com 68 anos de idade não foi da minha neta, foi da minha filha, que nasceu aqui, a segunda neta mulher. Uma menina muito boa que tanto gostaria de viver". 

O sorriso de Umbelino Neto, irmão de Fernanda, é uma fonte de alegria. Dois anos mais velho que a irmã, ele sofre de uma síndrome rara que o fez perder movimentos do corpo e a força dos músculos. "Ela era muito apegada ao irmão", relembra o pai Paulo Lages, que sabe que ainda está no começo da retomada da rotina da família, que descobriu no carinho entre seus integrantes a sua fortaleza. 

                       Dona Josélia com a filha Fernanda Lages e o marido Paulo Lages

 

 

 

 

Fonte:Cidadeverde.com

Última atualização ( Ter, 20 de Dezembro de 2011 23:20 )