O Tribunal de Contas do Estado do Piauí reprovou as contas do ex-prefeito de Caracol-PI, Isael Macedo Neto, preso em janeiro de 2011, pela Polícia Federal, durante a Operação Geleira, realizada no Estado do Piauí. O Tribunal aplicou ainda uma multa de 1000 UFIRs, que corresponde a R$ 2,270 mil, e imputou débito no valor de R$ 53 mil, referente a despesas realizadas com utilização de notas fiscais de empresas suspeitas de inidoneidade.

As contas são relativas ao ano de 2009 e apresentaram falhas, como: orçamento superestimado, três cheques sem fundo, realização de despesas no valor de R$ 468 mil sem licitação e ausência de retenção do INSS e Imposto de Renda.

A Operação Geleira da Polícia Federal apurou o envolvimento de prefeituras do interior do Piauí com a compra de notas fiscais frias. Segundo a CGU, os recursos desviados eram oriundos de transferências constitucionais e voluntárias realizadas pelo Governo Federal para as áreas de saúde e educação.

Cassação

Na noite do dia 6 de setembro de 2011, o Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília-DF, cassou por unanimidade, os mandados de Isael Macedo Neto (PTB) e do seu vice-prefeito Lamartine Dias Figueiredo, por captação ilícita de sufrágio (compra de votos), conduta vedada a agente público e abuso de poder econômico, nas eleições de 2008 em Caracol-PI. O Município de Caracol fica a 605 km da Capital do Piauí (Teresina), na Região Sul do Estado. Isael Macedo e Lamartine Dias já haviam sido cassados duas vezes pelo TRE-PI e sempre recorriam das decisões ao TSE, sendo que na noite do dia 6 de setembro de 2011, o Tribunal Superior Eleitoral confirmou as suas cassações.

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                             Ex-prefeito de Caracol-PI, Isael Macedo Neto