Escrito por Saraiva    Ter, 12 de Junho de 2018 18:39    Imprimir
Juiz aceita denúncia e acusado de matar Aretha vira réu por feminicídio

O juiz da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, Antônio Reis de Jesus Nollêto, recebeu nesta terça-feira (12 de junho de 2018), a denúncia do Ministério Público contra o motorista Paulo Neto, apontado como autor do feminicídio da cabeleireira Aretha Dantas, ocorrido no último dia 15 de maio. O réu foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado em que teria agido por motivo fútil, por meio cruel, sem possibilidade de defesa da vítima e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). Segundo o magistrado, ficou demonstrada a justa causa para a deflagração da ação penal, pois há provas que apontam para a materialidade do fato. Entre as provas apresentadas pela acusação estão a perícia do local do crime, o laudo cadavérico da vítima e indícios de autoria/participação atribuídos ao denunciado, evidenciados pelos depoimentos das testemunhas e do próprio acusado colhidos durante a investigação. A defesa do réu terá o prazo de 10 dias para responder a acusação por escrito. Depois, deve-se abrir vista ao Ministério Público pelo prazo de cinco dias, conforme determina o Código de Processo Penal.

Acusado de matar Aretha vira réu por feminicídio.

Entenda

Paulo Alves dos Santos Netos confessou ter assassinado a cabeleireira Aretha Dantas na madrugada no dia 15 de maio deste ano. O corpo de Aretha foi encontrado com várias perfurações de faca e marcas de atropelamento na Avenida Maranhão, nas proximidades da alça da Ponte Nova. Para a Polícia, a vítima foi exposta a intenso sofrimento físico e psicológico antes de ser brutalmente assassinada pelo ex-companheiro.

Aretha foi morta com requintes de crueldade pelo ex-companheiro.

Durante perícia realizada na casa do suspeito no Parque Poti, na região do Grande Dirceu, a Polícia Civil encontrou vestígios de sangue, uma carta deixada por Paulo Neto e a faca usada no crime. Na ocasião, a titular do Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada Luana Alves, informou que a residência foi encontrada completamente desorganizada e com vestígios de sangue na sala, no terraço e em outros cômodos. Além disso, o carro de Paulo Neto também foi encontrado dentro da residência com sangue da vítima. Paulo Neto foi preso pela Polícia um dia após o crime por equipes do DHPP em cima da Ponte da Amizade, que liga Teresina à cidade de Timon/MA, enquanto tentava se matar. A defesa chegou a solicitar um exame para comprovar a suposta insanidade mental do acusado, mas o pedido foi negado pelo juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Luiz de Moura Correia. Com informações do Portal O Dia.