Um dos presos na manhã desta quinta-feira (21 de junho de 2018) em um condomínio de luxo na Avenida Raul Lopes, na Zona Leste de Teresina-PI, suspeito de fraudar o concurso da Polícia Militar do Estado de Tocantins, participou do concurso da Polícia Civil do Piauí, que ocorreu em 10 de junho deste ano.

Segundo a delegada Alexandra Santos, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), o suspeito Antônio Ferreira Lima Sobrinho, conhecido como Antônio Concurseiro, já foi aprovado em mais de 30 concursos públicos em todo o Brasil.

Imagens:Polícia Civil

Antônio Ferreira Lima Sobrinho

"Ele é uma pessoa altamente inteligente e conseguiu aprovação em mais de 30 concursos públicos. Fazia as provas e repassava os gabaritos. No Piauí, fez o concurso de agente da Polícia Civil e pretendia fazer o de perito que ainda vai acontecer. Ele não deve participar, pois está preso temporariamente e pode ter a prisão convertida em preventiva. Como já sabíamos de todo esse histórico, fez o concurso da PC-PI, mas estava sendo monitorado. Aqui no Piauí, ele não teve nem como pensar em fraudar nosso concurso", frisa a delegada Alexandra Santos, do Greco.

De acordo com a Polícia Civil do Tocantins, Antônio era servidor público no Instituto Federal do Maranhão (Ifma) e foi exonerado em 2012.

Veja a esposa e a cunhada de Antônio que também foram presas.

"O Antônio já é conhecido em outros Estados e já foi preso. A atuação dele é de estudar, fazer a prova e repassar o gabarito. Ele é muito inteligente. A Polícia Civil ainda não repassou a participação de outras pessoas porque está tentando elucidar com essa prisão temporária”, acrescentou a delegada.

Além de fazer as provas, Antônio também angariava pessoas para participar da fraude comprando os gabaritos.

Antônio foi preso em Teresina-PI, na manhã desta quinta-feira (21 de junho de 2018), juntamente com a esposa e a cunhada. Os três estão sendo recambiados para o Tocantins.

Investigação

As provas do concurso da Polícia Militar do Tocantins foram aplicadas no dia 11 de março deste ano (2018) para mais de 80 mil inscritos. Porém, o concurso foi suspenso pela Justiça até o fim do processo eleitoral para escolha de um governador tampão.

A polícia começou a investigar a fraude no concurso da Polícia Militar do Tocantins depois que um aparelho celular foi encontrado no banheiro de um dos locais de provas em Araguaína. Com informações do Cidade Verde e G1.