Escrito por Saraiva    Seg, 16 de Julho de 2018 15:14    Imprimir
Sem acordo, hospitais mantêm suspensos atendimentos pelo Iaspi e Plamta

O Sindicato dos Hospitais do Piauí (Sindhospi) decidiu nesta segunda-feira (16 de julho de 2018) manter a suspensão dos atendimentos pelos planos de saúde do Instituto de Assistência e Previdência Privada do Estado do Piauí (Iaspi) e do Plano Médico de Assistência e Tratamento (Plamta), até que seja pago o referente ao mês de abril. Representantes da classe e do governo do estado participaram de uma reunião nesta segunda-feira (16) no Ministério Público Estadual, mas não chegaram a um acordo.

"Só vamos normalizar as atividades diante dos pagamentos. Nós não queremos esta situação, estamos tomando essa atitude porque não temos mais recursos financeiros para manter as operações. Não recebemos nem se quer o mês de abril e maio e esperamos o pagamento até o dia 31 de julho", declarou o presidente do Sindhospi, Jefferson Campelo.

Conforme o sindicato, 700 hospitais, clínicas e laboratórios estão com as atividades paralisadas. Apenas os atendimentos de emergências e urgências serão mantidos, mas de acordo com cada unidade de saúde.Representantes do Sindhospi e governo do estado tentaram acordo (Foto: Thaís Guimarães/G1 PI)

"São inúmeros os problemas. O Iaspi prejudica atrasos dos pagamentos e o número de glosas [não pagamento] é assustador, tudo isso junto leva um prejuízo enorme a todos os prestadores de serviços. O MP tentou resolver o problema não só de imediato, mas futuramente, ao propor reuniões para que a gente altere o regulamento do Plamta para beneficiar os prestadores e usuários", acrescentou Jefferson Campelo.

O promotor Fernando Santos deu o prazo de 30 dias para que o problema das glosas seja resolvido e regulamentado pelo Iaspi. Durante a reunião, ele propôs que o sindicato mantivesse os serviços, mediante a recomendação judicial pedido o sequestro de R$ 40 milhões para os pagamentos dos meses de abril e maio.

Presidente do Sindhospi fala sobre suspensão de atendimento (Foto: Thaís Guimarães/G1 PI)

"A partir de agosto, a Sefaz automaticamente deverá repassar os valores descontados dos servidores para a conta do Iaspi. O Iaspi tem conta própria, mas nos últimos anos a Secretaria não tem repassado esses valores para as empresas", acrescentou Fernando Santos.

A diretora do Iaspi, Daniele Aita, informou que a entidade é autosustentável e a arrecadação é suficiente para cobrir as despesas. Segundo ela, o que houve foi um retardado dos repasses devido ao momento delicado da situação política econômica do estado.

"Os meses de fevereiro e março, que estavam fora do prazo, eles foram finalizados. E o mês de abril está programado para esta semana. Já a regulamentação do Plamta, ela já existe e está em constante alteração, vamos trabalhar para melhorar a transparência para os prestadores", declarou Daniele Aita.Servidora Aurilene Barbosa conta que todo mês tem serviço descontado no contracheque (Foto: Thaís Guimarães/G1 PI)

Para a servidora pública e usuária do Plamta, Aurilene Barbosa, o maior prejudicado é o usuário que tem todo mês descontado no seu contracheque por cada serviço prestado e mais um valor fixo por mês. Segundo ela, o sindicato deveria fazer uma ação contra o Iaspi e não suspender o serviço.

"O maior prejudicado é o servidor público, que é usuário é do sistema e paga todo mês, nunca atrasando a prestadora de serviço o Iaspi. Não entendo o porquê da negativa de atendimento", comentou. Com informações do G1/PI.