Escrito por Saraiva    Seg, 13 de Agosto de 2018 16:46    Imprimir
Capital do Piauí registra mais de 70 assaltos a ônibus em 2018 e motoristas estão assustados

A capital do Piauí (Teresina) registrou mais de 70 assaltos a ônibus em 2018, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro). De acordo com o levantamento, somente na semana passada foram contabilizados cinco assaltos, dois deles no bairro Recanto das Palmeiras, um no Dirceu Arcoverde, localizados na Zona Sudeste da capital, Bela Vista e Satélite, que ficam nas Zonas Sul e Leste, respectivamente.

Procurada, a Secretaria de Segurança informou que não iria se manifestar. Já o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) afirmou que tem adotado medidas preventivas para evitar assaltos, que as empresas não têm poder de atuar na segurança pública e sofre com os efeitos da insegurança na cidade.

A cozinheira Alzira Ribeiro é uma das passageiras que já sofreu com a ação de bandidos mais de uma vez, sempre a caminho do trabalho. "Já fui assaltada várias vezes, não só nessa linha como em outras, os assaltos são frequentes. Já fui assaltada no ponto de ônibus", contou.Teresina registra mais de 70 assaltos a ônibus em 2018 (Foto: Reprodução/TV Clube)

Um motorista, que não quis se identificar, relatou que a insegurança faz parte da rotina de trabalho. "Você sai todo dia de madrugada e não sabe o que está te esperando. De repente é surpreendido e fica sem ação”, disse.

Segundo o Setut, algumas medidas foram adotadas para ajudar os motoristas e cobradores a lidarem com esse tipo de situação. “Estamos fazendo alguns trabalhos, inclusive com a Polícia Militar, como palestras”, afirmou o diretor técnico Vinícius Rufino.Cinco assaltos a ônibus em Teresina foram registrados em uma semana (Foto: Reprodução/TV Clube

O diretor técnico explicou que as ações têm como objetivo passar boas práticas e orientações para os trabalhadores e que o Setut também avalia outras possibilidades para solucionar o problema, como ampliar o número de câmeras nos ônibus.

Insatisfeitos com a situação, motoristas e cobradores pensam em organizar manifestações para chamar a atenção do poder público. “Há tempos que a gente vem reivindicando a instalação do botão do pânico e o policiamento ostensivo com mais frequência e intensidade", explicou o cobrador Francisco Gomes. Com informações do G1/PI.