Escrito por Saraiva    Dom, 05 de Fevereiro de 2012 07:30    Imprimir
Comandante do Quartel da PM de Campo Maior é investigado pela Corregedoria da Polícia Militar

Após uma denúncia de funcionários de um posto de gasolina na cidade de Campo Maior-PI, a 78 km de Teresina, na Região Norte do Piauí, o Corregedor da Polícia Militar do Piauí, coronel Sidney Pires (foto ao lado), instaurou inquérito para apurar qual seria o destino do combustível encontrado dentro da viatura do Comandante do Batalhão da PM, daquela cidade, major Josinaldo. De acordo com a denúncia feita diretamente ao Comandante Geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Rubens Pereira, o major Josinaldo saiu de Campo Maior com destino a Teresina levando um tambor com 40 litros de gasolina, por volta das 10 horas do dia 3 de fevereiro de 2012. 

 

O coronel Rubens Pereira determinou que o Comandante do Policiamento do Interior (CPI), coronel Jaime Oliveira, apreendesse o material e encaminhasse para a Corregedoria da PM. O major Josinaldo foi abordado com o combustível na entrada de Teresina e apresentado ao Quartel do Comando Geral, na Zona Sul da Capital do Piauí.

O fato foi tratado como, no mínimo, estranho, porque a corporação utiliza o sistema “ticket car”, no qual todas as viaturas possuem o seu cartão corporativo, como uma forma de controlar a quantidade utilizada por cada veículo. 

O procedimento foi instaurado ainda no último dia 3 e o oficial foi ouvido. Em sua versão, o major Josinaldo afirmou que o combustível era para uma viatura que estava numa oficina em Teresina.  Ele também alegou que andava com o combustível, porque nem todos os postos de gasolina aceitam o ticket car e quando precisa fazer diligências nas cidades que seu batalhão cobre leva o combustível para prevenir. 

Segundo o coronel Sidney Pires, um oficial já foi escolhido para fazer a investigação dos fatos. Caso seja constatado que o combustível seria utilizado para uso pessoal, o militar pode ser julgado por crime de peculato, de acordo com o Código Penal Militar. A pena é de no mínimo três anos de reclusão. 

“Seguimos determinação do Comando Geral que é de apurar a denúncia feita e foi o que começamos a fazer, instaurando o inquérito policial militar”, explicou o coronel Sidney Pires. 

 

 

Última atualização ( Dom, 05 de Fevereiro de 2012 07:51 )