O suspeito de chefiar uma quadrilha do Mato Grosso, que foi presa nesta quinta-feira (9 de agosto de 2019), no bairro Recanto das Palmeiras, na Zona Sudeste de Teresina-PI, forjou um atestado de óbito para continuar vendendo drogas. Segundo a polícia, Valdeir Alves Caldeira usava nome falso e atuava há dois anos com o tráfico interestadual.

"Ele forjou o atestado de óbito e registrou uma nova identidade, com nome falso, em Alto Alegre do Maranhão. Desde então, ele estava vivendo uma nova vida como chefe do tráfico de drogas no Piauí e no Mato Grosso", informou o delegado Cadena Júnior, coordenador da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre).

Imagem: Reprodução do Fala Piauí

Integrantes da quadrilha que foi presa em Teresina-PI.

De acordo com o delegado Cadena Júnior, o acusado Valdeir Alves Caldeira tem vários processos nos estados do Mato Grosso e do Maranhão, dentre eles latrocínio e tráfico de drogas.

"Para todos os efeitos, no Mato Grosso ele é considerado uma pessoa que estaria morta. Com o atestado de óbito, Valdeir eliminou todos os processos existentes contra ele e aqui ele estava como um cidadão em uma vida pregressa", destacou o secretário de segurança do Piauí, Fábio Abreu.Carros de luxo foram apreendidos na casa do suspeito de chefiar quadrilha de tráfico de drogas — Foto: Lucas Marreiros/G1 PI

Suspeito ostentava luxo

Valdeir Alves Caldeira foi preso com a esposa, Edilaine Cassola Ferreira, em uma casa alugada no bairro Recanto das Palmeiras, Zona Sudeste de Teresina-PI. No local foram apreendidos 11 carros de luxo, um jet ski, duas malas com crack e cheques de R$ 50 mil a R$ 100 mil, pagos a pessoas do Mato Grosso.Jet ski apreendido com suspeito de tráfico de drogas — Foto: Lucas Marreiros/G1 PI

"Essa quadrilha estava sendo investigada há quatro meses pela Depre por fazer conexão de venda de drogas em Teresina, com integrantes nos estados do Mato Grosso e do Maranhão. Após denúncias anônimas sobre a grande rotatividade de veículos de luxo na residência nas casas dos suspeitos, que começou a chamar a atenção dos vizinhos, começamos o monitoramento deles", explicou Cadena Júnior.Drogas, arma, notebook, celulares e dinheiro apreendidos com os suspeitos — Foto: Lucas Marreiros/G1 PI

Conforme o delegado, os carros eram usados para fazer a distribuição e pegar os entorpecentes. Além dos veículos, a polícia apreendeu 7.700 quilos de crack, celulares e notebooks.Droga apreendida estava em malas — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Outros dois executores da droga, o piauiense Elielton Pereira Portela e o maranhense Pedro Vitor Rosa da Silva também foram presos. Os suspeitos foram autuados em flagrante por tráfico e associação para o tráfico e posse irregular de arma de fogo. Com informações do G1/PI.