Escrito por Saraiva    Dom, 09 de Agosto de 2020 10:23    Imprimir
Policial lembra como conheceu filhos adotivos: 'no primeiro dia, me chamaram de pai'

O policial rodoviário federal Osvaldo Alexandrino, de 32 anos, comemora pela primeira vez, neste domingo (9 de agosto de 2020), o dia dos pais com a pequena Maria Amélia, que nasceu pouco menos de um mês. Contudo, o amor paterno não é novidade para ele, que desde 2013 se tornou pai afetivo dos gêmeos Maria Gabriela e Gabriel Pedro, ambos de 10 anos.

Osvaldo conheceu os gêmeos quando foi trabalhar como voluntário no Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (Cria) e, já no primeiro encontro, foi chamado de pai pelo Gabriel Pedro, que na época tinha apenas três anos de idade.Osvaldo Alexandrino conheceu os filhos quando foi trabalhar como voluntário em uma instituição de reintegração familiar — Foto: Arquivo Pessoal Laís Carvalho

O inspetor da PRF e pai dos gêmeos lembra que conheceu o filho quando ficou responsável por cuidar voluntariamente de crianças que brincavam em uma piscina durante o evento de integração.

“Quando eu cheguei lá, o Gabriel Pedro, que estava brincando com os outros meninos, saiu da piscina, puxou uma cadeira, botou ao lado da minha e começou a conversar comigo. Ele só tinha 3 anos na época e começou a me chamar de pai. Para onde eu ia, ele vinha atrás e nosso laço foi se concretizando até a gente adotar tanto ele quanto a Gabriela”, explicou.Os gêmeos Maria Gabriela e Gabriel Pedro, ambos de 10 anos, e a irmã caçula Maria Amélia, de 12 dias. — Foto: Arquivo Pessoal Laís Carvalho

Osvaldo contou que a adoção aconteceu após um período de apadrinhamento afetivo, que consistia em visitar as crianças, levar para passeios nos finais de semana e nas férias e até auxílios financeiros, como em casos de consultas médicas.

“A gente começou com um apadrinhamento, pois não era casado ainda e estava estudando para concurso, não tinha condições financeiras e não tinha uma casa própria. Quando eu passei no concurso da PRF, fui morar fora do estado do Piauí e assim que eu consegui retornar para Teresina, minha esposa também passou no concurso e vi que a gente já tinha condições para dar o melhor para eles e aí a gente concretizou a adoção”, completou o policial rodoviário federal.

Osvaldo Alexandrino decidiu adotar os filhos quando foi trabalhar como voluntário em uma instituição de reintegração familiar — Foto: Arquivo Pessoal Laís Carvalho

Esse é o sexto Dia dos Pais de Osvaldo e, para ele, não se deve haver diferenças na criação de filhos adotivos e biológicos, pois todos terão os mesmos privilégios e deveres.

"Eu me sinto muito feliz, minha família para mim é tudo e eu tenho isso desde o meu pai, que para mim é um exemplo de homem a ser seguido. É meu sexto dia dos pais e o primeiro com a Maria Amélia, mas não tenho distinção do que sinto por eles. Todos são meus filhos, amo da mesma forma e eu gosto muito de estar perto deles e fazer atividades com eles. Já temos uma rotina juntos e quando precisamos chamar atenção não tem distinção também, são filhos normais como qualquer outro e vão ser criados da mesma forma", afirmou.

Osvaldo Alexandrino e sua família em Teresina — Foto: Arquivo Pessoal Laís Carvalho

Para Laís Carvalho, esposa de Osvaldo e mãe dos gêmeos, além de um exemplo como marido ele também se mostra bastante companheiro e cuidadoso com a família.

"Ele é um pai exemplar e eu vejo que os meus filhos têm ele como um verdadeiro exemplo a ser seguido. Tanto o Gabriel quanto a Gabriela se inspiram no pai e eu vejo que eles são muito apaixonados por ele", declarou Laís Carvalho.

Neste domingo (9) Osvaldo comemora o seu sexto Dia dos Pais ao lado dos filhos — Foto: Arquivo Pessoal Laís Carvalho

 

Fonte: G1/PI