Escrito por Saraiva    Qui, 10 de Setembro de 2020 08:42    Imprimir
Preso no Piauí grupo que alugava carros com documentos falsos e vendia em outros estados

Três homens e uma mulher foram presos em Teresina-PI, na noite da última quarta-feira (9 de setembro de 2020), pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do Piauí (Greco), suspeitos de vender carros alugados. Os presos foram identificados como Breno Dionísio de Assis Lacerda, Francisco Wilton Duarte Mendes, Airton Douglas de Sousa e Maria Kezia Viana Barbosa. O grupo levava os veículos para outros estados e vendiam.

Segundo o delegado Daniel Pires, empresários do ramo de locação de veículos denunciaram que seus veículos estavam sendo alugados e não eram devolvidos. A investigação apontou que esses veículos estavam sendo levados para o Pernambuco.

“Conseguimos apreender carros nesse estado e, nessa quarta (9), percebemos que havia outro grupo em Teresina para alugar veículos e levá-los para outro estado, onde eram vendidos por valores abaixo do mercado”, informou o delegado.

Imagem: Divulgação Greco

Suspeitos presos pelo Greco.

A comercialização desses veículos costuma acontecer em cidades pequenas, afirmou Daniel Pires. “Normalmente, nesses municípios a fiscalização é pouca. Então quem comprasse esse carro por, digamos, R$ 8 mil, ficaria com o veículo por alguns anos até ele ser apreendido”, explicou o delegado Daniel.

Durante as investigações a polícia percebeu que todos os carros alugados eram por cartões de pessoas que não estavam em Teresina. “Apreendemos um aparelho que faz crachás, mas que eles usavam, com ajuda de um programa de computador, para fabricar cartões falsos”, relatou o delegado.

Criminosos usavam máquina de crachás para fabricar cartões de crédito — Foto: Reprodução/TV Clube

“Eles disseram que faziam quantos cartões quisessem. Eles encontravam pessoas dispostas a alugar um carro para servirem de laranjas e ganhar mil reais em troca”, completou Daniel Pires.

O delegado explicou ainda que os criminosos usavam chips de telefone para colocar nos cartões falsos. "Eles compravam dados na internet que permitiam que eles conseguissem fazer transações usando contas de outras pessoas, que nem sequer estavam em Teresina", contou Daniel Pires.

Imagem: Divulgação Greco

O grupo deve responder por falsidade ideológica e por associação criminosa. De acordo com o Greco, as investigações podem desencadear ainda uma acusação pelo crime de organização criminosa.