Escrito por Saraiva    Sex, 11 de Setembro de 2020 11:01    Imprimir
PF cumpre mandados para identificar autores de desvios de cédulas de RGs em branco no Piauí

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (11 de setembro de 2020) a Operação "Livre Acesso", terceira fase da Operação "Grande Família", para identificar todos os envolvidos no desvio de cédulas de RGs em branco do Instituto de Identificação do Estado do Piauí.

Nesta etapa, a operação policial contou com a parceria da Força Tarefa Previdenciária no Estado do Piauí e mobilizou 27 Policiais Federais para o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em endereços dos investigados em Teresina-PI, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina.

A polícia informou que esta fase da investigação visa obter provas que permitam a identificação de todos os membros do grupo criminoso responsável pelo desvio e comercialização das cédulas de RGs apreendidas.Operação da PF apura desvios de cédulas de RG em branco no Piauí — Foto: Divulgação/PF-PI

O nome da Operação - Livre Acesso - faz referência ao fato de que alguns dos investigados são ex-funcionários do Instituto de Identificação do Estado do Piauí e tinham livre acesso ao Posto de Atendimento para desviar as cédulas de RGs em branco, realizando desvios até mesmo no período noturno e finais de semana.

Golpes usavam nomes de falecidos

A investigação teve início a partir da apreensão de centenas de cédulas de RGs em branco e de milhares de RGs falsificados durante a Operação Grande Família, em maio de 2019. Na época, foram cumpridos 21 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão no Piauí e Maranhão.

De acordo com a PF, as cédulas de RGs em branco desviadas do Instituto de Identificação eram utilizadas para confecção de RGs falsas, em nomes de pessoas falecidas, e depois usados para a abertura de contas bancárias fraudulentas na Caixa Econômica Federal e para a realização de fraudes em benefícios do INSS.Operação apreendeu cédulas de RG em branco e documentos já falsificados em nome de falecidos — Foto: Divulgação/PF-PI

Segundo a Polícia Federal, 639 benefícios previdenciários foram fraudados. A Justiça Federal determinou a imediata suspensão desses benefícios. De acordo com a PF, a medida irá evitar um prejuízo estimado de R$ 80 milhões.

“Eles causaram um prejuízo financeiro estimado em R$ 26 milhões, caso continuassem agindo poderia ocasionar um dano de R$ 80 milhões”, afirmou o delegado da PF, Lucimar Sobral Neto.

Preso teria desviado R$ 26 milhões

Um dos suspeitos de envolvimento no esquema foi preso na segunda fase da operação, em outubro de 2019. Ele teria aplicado golpes que somaram R$ 26 milhões, contra a Previdência. Com informações do G1/PI.