Escrito por Saraiva    Ter, 17 de Novembro de 2020 10:18    Imprimir
Candidata em Teresina recebe R$ 10 mil do partido e aparece com zero voto nas eleições

O resultado das eleições municipais traz muitas curiosidades. Sônia Raquel Alves da Silva, candidata pelo PL ao cargo de vereadora em Teresina-PI, recebeu R$ 10 mil do fundo eleitoral, conforme consta no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O que chama atenção é que o resultado da eleição mostra que ela  aparece com zero voto computado.

Assim como Sônia Alves, a candidata Jaciara, também do PL,  obteve zero voto. Mesmo sem ter nem o próprio voto, as duas aparecem como suplentes.


Sobre a situação, o deputado estadual e presidente do diretório municipal do PL em Teresina, Carlos Augusto, informou que a candidata Jaciara- que teve zero voto computado- desistiu da campanha. Sobre os R$ 10 mil do fundo partidário referente a Sônia Alves, ele informou que a candidata não recebeu dinheiro do diretório municipal do PL.

A assessoria do candidato a prefeito Fábio Abreu (PL) informou que os candidatos a vereador receberam recursos do fundo eleitoral da campanha majoritária, mas que são responsáveis por suas campanhas e foram orientados sobre o uso e responsabilidade com os recursos.

A TV Cidade Verde conseguiu contato com a candidata Sônia Alves que informou que estava em viagem, mas retornaria a ligação telefônica posteriormente.

Imagem: Reprodução TSE

Candidata Sônia Alves.


CANDIDATOS COM MUITOS VOTOS NÃO SE ELEGERAM

Se por um lado, as candidatas com zero votos aparecem como suplentes, houve candidatos ao cargo de vereador em Teresina que conseguiram um número significativo de votos, como o delegado James Guerra (PSB) que obteve 4.307 votos computados, e constam como não eleitos.

A advogada Giovana Nunes explica que o fato de ter candidatos com muitos votos como 'não eleitos' e candidatos com poucos votos como 'suplentes' se deve ao quociente eleitoral. Com o fim das coligações na eleição proporcional, as vagas do legislativo são destinadas, individualmente, a cada partido.

"A gente pega o total de votos válidos e divide pelo número de cadeiras. Esse valor é o que a gente chama de quociente eleitoral que é o número mínimo que um candidato precisa ter de votos para chegar a alcançar uma determinada cadeira. O partido dele precisa, a depender do número de votos válidos, definir quantas cadeiras vai possuir", explica a advogada Giovana Nunes.

Devido a esse cálculo, em Lagoa do Piauí, por exemplo, uma candidata do MDB foi eleita com 67 votos, enquanto candidatos do PT com mais de 100 e até 200 votos ficaram apenas como suplentes.

 

Fonte: TSE e Portal Cidade Verde

Última atualização ( Ter, 17 de Novembro de 2020 10:25 )