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Polícia Civil investiga médico suspeito de cobrar R$ 5 mil por cirurgias feitas pelo SUS no Piauí |
Houve ainda buscas em uma pensão no Centro da capital piauiense. Os nomes dos servidores não foram informados. A operação, denominada “Bisturi”, foi realizada por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor).
Imagem: Polícia Civil Momento que os policiais conversavam antes do início da operação. Segundo o delegado Dennis Sampaio, da Deccor, as investigações iniciaram há pelo menos dois anos. As vítimas seriam principalmente familiares e pacientes vindos do interior do estado em busca de tratamento médico na capital piauiense. Esquema de "fura fila" para cirurgias Nas pensões localizadas no polo de saúde da capital, no Centro, já conhecidas por receber pacientes do interior, "intermediários" ainda não identificados faziam o canal entre médico e paciente. Eles então exigiam pagamento de valores para que os pacientes "furassem as filas" de espera para uma cirurgia. Segundo o delegado, há dois anos, quando as investigações iniciaram, o valor cobrado por cirurgia era de R$ 4,5 mil. Atualmente, a polícia não sabe o valor cobrado. Hospital da Polícia Militar do Piauí (HPM). — Foto: Divulgação/Sesapi. Estrutura pública estadual Ainda conforme o delegado Dennis Sampaio, os servidores atuavam no Hospital da Polícia Militar e as cirurgias realizadas, em geral, era de laqueadura (esterilização voluntária de mulheres) e cirurgia de vesícula. Ainda há outros suspeitos sob investigação. A cobrança indevida de valores para a realização de cirurgias em hospitais públicos configura prática dos crimes de associação criminosa e corrupção passiva. A prática é crime e os procedimentos realizados em unidades públicas são totalmente gratuitos. Os casos de cobrança de valores por serviços públicos de saúde devem ser denunciados à polícia. “O grupo ostensivamente agia na agilização de cirurgias de pacientes que pagavam os montantes requeridos, havendo indícios inclusive de fraude da documentação utilizada para justificar os procedimentos”, informou a Polícia Civil. Servidores afastados Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão contra servidores públicos em Teresina — Foto: Divulgação/Polícia Civil Até que a investigação esteja concluída, os dois servidores públicos estão afastados do cargo, de acordo com uma determinação da Justiça. Os agentes podem responder pelos crimes de associação criminosa e corrupção passiva. O nome da operação, “Bisturi”, faz referência ao instrumento cirúrgico utilizado nos procedimentos aos quais os pacientes eram submetidos.
Fonte: Polícia Civil e G1 |
Última atualização ( Qua, 15 de Setembro de 2021 13:43 ) |