Professores da rede pública estadual de ensino, em greve há quatro meses por reajuste salarial de 33,24%, estão sendo humilhados pelo Governo do Piauí e obrigados a entrar em fila antes das 6 horas da manhã, na Secretaria Estadual de Educação para buscar nova lotação porque foram substituídos em suas salas de aulas e colégios onde trabalham por professores substitutos contratados sem concurso público.

São professores com 23 anos trabalhando para o Governo do Piauí, são professores com doutorado, mestrado e especialização sendo substituídos por professores sem experiência.

Professores na Secretaria Educação do Piauí. 
"É uma forma de humilhar os professores que estão em greve. Eu estou muito decepcionada com o ex-governador Wellington Dias (PT), eu voto nele desde sua eleição para deputado estadual e sempre votei neste grupo político e não fui eu quem mudou, mas eles. Agora eu também vou mudar", falou a professora de Língua Portuguesa, da Unidade Escolar Felismino Freitas, no conjunto Mocambinho, na Zona Norte de Teresina e há 23 anos contratada, após concurso público, pelo Governo do Piauí.
"É uma humilhação a gente chegar na escola e saber que outro professor está no seu lugar e ficar na fila para saber onde a gente está lotado", declarou o professor da Unidade Escolar Melvin Jones, Eliesio Rodrigues, de  Matemática.

"Eles querem punir os professores que fizeram greve lutando por seus direitos, os retirando de suas turmas e colégios e a gente tem que vir para a Secretaria Estadual de Educação procurar saber onde a gente está lotado", declarou o professor de Biologia, Romex Chaves Bezerra, da Unidade Escolar Dom Hélder Câmara, no bairro Vila Irmã Dulce, na Zona Sul de Teresina.

"É uma humilhação chegar às 6 horas em uma fila da Secretaria Estadual de Educação para saber onde a gente está lotado já que fomos substituídos por professores contratados sem concurso público", afirmou  Wendel Sena, professor da Unidade Escolar Lourdes Rebelo, no bairro de Fátima, na Zona Leste de Teresina.

Fonte: TV Piauí/Efrém Ribeiro