Escrito por Saraiva    Sáb, 03 de Junho de 2023 13:55    Imprimir
Irmãs piauienses presas com droga no estômago são soltas pela Justiça de São Paulo

As irmãs piauienses Ingrid da Silva Castro e Agatha da Silva Castro, de 23 e 25 anos, que foram presas no dia 28 de maio deste ano (2023) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, tentando embarcar para Paris com cápsulas de cocaína no estômago, foram postas em liberdade provisória na última sexta-feira (2 de junho), após audiência de custódia.

No despacho, o juiz levou em consideração o fato que as duas piauienses levavam no corpo uma quantidade de entorpecente inferior ao que, geralmente, é apreendido neste tipo de ação e, ainda, o fato de que Agatha da Silva Castro possui duas filhas menores de 12 anos.

Foto: Redes Sociais

Irmãs piauienses foram colocadas em liberdade provisória pela Justiça de São Paulo.

"Considerando os interesses e necessidades das filhas menores que precisam ser atendidas, entendo que a concessão de liberdade provisória em favor da Sra. Agatha mostra-se mais benéfica e adequada a esta finalidade que a prisão domiciliar", frisa o juiz federal Alexey Süüsmann Pere, no termo da audiência de custódia das irmãs piauienses.

No caso de Agatha, a interpretação do Supremo Tribunal Federal no art. 318, V, do Código de Processo Penal, seria pela concessão de prisão domiciliar.

A prisão em flagrante das duas, realizada no domingo (28 de maio de 2023), foi convertida em prisão preventiva no último dia 30 de maio, quando o juiz federal Alexey Süüsmann Pere destacou que as viagens internacionais, anteriormente realizadas pelas irmãs, são incompatíveis com a situação econômica declarada por elas. E, ainda, apontou que Ingrid e Agatha atuavam como “mulas profissionais” do trágico internacional de drogas.

No termo da audiência de custódia, o juiz afirma que o histórico de viagens internacionais anteriores, dá indícios de envolvimento das duas piauienses com grupo criminoso internacional.

Agatha e Ingrid tiveram que pagar um salário mínimo (R$ 1.320,00), cada, a título de fiança para serem postas em liberdade. A defensora pública que representou as piauienses requereu a concessão da liberdade sem arbitramento de fiança, mas seu pedido não foi aceito pelo juiz.

As duas irmãs chegaram na audiência de custódia algemadas. O pedido para retirada das algemas foi feito pelo juiz que proferiu o despacho de liberdade provisória. Agatha e Ingrid não foram acompanhadas por advogado particular e foram representadas pela defensora pública, Dra. Sônia Regina de Jesus Oliveira.

Desde que foram presas, as piauienses ficaram internadas a pedido da Justiça, para que a extração das cápsulas de entorpecentes fosse feita de modo assistido. Na última quinta-feira (1º de junho) tiveram alta hospitalar e na sexta-feira (2), foram levadas até a presença do juiz para audiência de custódia, quando foram colocadas em liberdade provisória.

 

Fonte: Portal Cidade Verde

Última atualização ( Sáb, 03 de Junho de 2023 14:02 )