Escrito por Saraiva    Ter, 16 de Abril de 2024 16:07    Imprimir
Pacientes moram em hospital psiquiátrico por falta de vagas em residências terapêuticas no PI

Cerca de 30 pacientes vivem como moradores no Hospital Areolino de Abreu, em Teresina (Capital do Piauí) por falta de vagas em residências terapêuticas. Um deles, por exemplo, fugiu no início deste mês da unidade psiquiátrica e foi baleado por suspeita de importunação sexual contra crianças.

Cidadeverde.com apurou que ele teve alta médica e da Justiça em 2021, mas permanece internado, pois perdeu vínculo familiar e as "moradias" mantidas pelo Estado do Piauí estão com a capacidade máxima de lotação.

Foto: Ascom Hospital Areolino de Abreu

Hospital Areolino de Abreu, na Zona Norte de Teresina-PI.

"O Areolino de Abreu é o único hospital em um raio de 500 km e que abraça pacientes, não só do Piauí, mas também de estados circunvizinhos. São pessoas que chegam aqui trazidas pelo Samu ou pela polícia, e às vezes, sem nenhum vínculo familiar. Isso tem sido uma constante no nosso hospital. Infelizmente não temos como colocar todos em residências terapêuticas. O estado tem trabalhado para colocar esses pacientes que estão em melhores condições para as residências, alguns até já foram", disse Cida Santiago, diretora do Areolino de Abreu.

O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) – ou residência terapêutica ou simplesmente "moradia" – são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não.

Foto: Ascom Hospital Areolino de Abreu

Na Capital do Piauí (Teresina) há quatro "moradias" mantidas pelo Governo do Estado, cada uma com capacidade para abrigar oito pessoas, e todas lotadas.

A diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), Julianne Alencar, disse que o estado está atento à situação e estão previstas a abertura de mais residências terapêuticas.

"Faz parte do plano de expansão do governo, a construção de três novas residências terapêuticas. Ao final serão sete residências terapêuticas de gestão estadual para atender esses pacientes psiquiátricos que são considerados moradores. Ainda não vão ser suficientes. A ideia é que a gente sensibilize os municípios para que essas moradias sejam construídas também nos territórios, onde haja dispositivo a atender esses pacientes", explica Alencar. Com informações do Portal Cidade Verde.

Última atualização ( Ter, 16 de Abril de 2024 16:15 )