Escrito por Saraiva    Qui, 18 de Abril de 2024 11:04    Imprimir
Empresa que lava roupas hospitalares de unidades públicas de Teresina está há mais de 1 ano sem receber pagamento

A empresa que lava e esteriliza lençóis, toalhas, campos cirúrgicos e outros itens para 17 estabelecimentos de saúde de Teresina (Capital do Piauí) está há um ano e quatro meses sem receber os pagamentos da Fundação Municipal de Teresina (FMS). A Lavebras denunciou que a dívida do município ultrapassou os R$ 4 milhões e que estão com problemas para manter os funcionários empregados e os salários em dia.

Por meio de nota à TV Clube, a FMS afirmou que abriu uma auditoria no contrato e que os pagamentos serão feitos quando a empresa esclarecer inconsistências constatadas na prestação do serviço. Questionada sobre as inconsistências, a Fundação não informou quais seriam. (Leia nota na íntegra ao fim da reportagem).

Empresa denuncia falta de pagamentos da Fundação Municipal de Saúde — Foto: Reprodução/TV Clube

A empresa com sede em Timon, no Maranhão, tem 47 funcionários e presta serviço há seis anos para a Fundação, atendendo várias unidades de saúde. Eles tentaram romper o contrato, mas uma decisão da justiça de 2023 impediu que a empresa deixasse de prestar o serviço, por ser essencial. E eles continuaram trabalhando, sem receber.

A empresa informou, ainda, que mesmo com os atrasos, a FMS tentou renovar o contrato, que encerrará no dia 7 de maio. A Lavebras informou que corre risco de deixar de funcionar em sua totalidade por falta de pagamento.

“Se não houver pagamento, não houver renovação de contrato, já que precisa dos pagamentos para isso se manter, a gente não consegue te dizer até quando a gente consegue manter essa operação”, contou o gerente da Lavebras, Reginaldo Oliveira.

“A gente consegue funcionar porque tem outros clientes, e fazemos uma lição de casa bem feita em relação à redução de custos, para tentar manter todas as operações da empresa de forma saudável”, explicou o gerente.

Empresa teve que continuar prestando serviço mesmo sem receber após liminar da justiça — Foto: Reprodução/TV Clube

Para o vice-presidente do sindicato dos médicos do Piauí, Samuel Rego, os hospitais não conseguem funcionar sem a prestação desse serviço essencial.

“O campo cirúrgico, a roupa para entrar no centro cirúrgico, o lençol esterilizado para fazer a troca de pacientes. Sem esses materiais, o hospital vai parar”, disse.

Nota da FMS

A Fundação Municipal de Saúde informa que está realizando auditoria no contrato com a empresa Lavebras Gestão Têxtil S.A. Os repasses serão feitos quando a empresa esclarecer as inconsistências constatadas na prestação do serviço.

Fonte: TV Clube e G1