Escrito por Saraiva    Qui, 19 de Julho de 2012 13:31    Imprimir
Promotora pede afastamento da 1ª Zona Eleitoral após polêmica com Wellington Dias

A Promotora de Justiça, Myrian Lago, que estava atuando na 1ª Zona Eleitoral de Teresina-PI, pediu hoje (19 de julho de 2012) afastamento após polêmica sobre suas declarações no Twitter. Ontem (18), o senador Wellington Dias, candidato do PT a prefeitura de Teresina, pediu a suspeição da promotora após conversas pessoais dela com o candidato a prefeito Firmino Filho e acusações de ataques pessoais contra o petista.

A Assessoria de Imprensa do Ministério Público informou que a promotora Myrian Lago, pessoalmente, pediu afastamento alegando preservar sua imagem e do Ministério Público. Myrian Lago não quis se pronunciar sobre o caso. 

Veja o que diz a nota:

"A Promotora de Justiça, Myrian Lago pediu hoje (19/07) afastamento de suas atividades na Justiça Eleitoral. A promotora achou relevante pedir o afastamento diante da polêmica que envolve seu nome, pois, mesmo não havendo veracidade no fato de ter partido político, ou de ter tentado beneficiar alguém, entende que seja necessária a sua saída para evitar que haja margens a especulações diante dos pedidos de impugnação por ela formulados, e também para preservar sua imagem e a imagem da instituição, de modo que a Justiça, acima de tudo, seja executada de forma transparente".

   Imagem: Evelin Santos 

        Promotora Myrian Lago pediu afastamento da 1ª Zona Eleitoral de Teresina-PI

NOTA DA APMP

A Associação Piauiense do Ministério Público, por seu representante legal infra-assinado, vem se manifestar sobre os acontecimentos referentes ao Pleito Eleitoral de 2012 que fazem referência a atuação da Promotora Eleitoral, Myriam Lago.

A Promotora Eleitoral, Myriam Lago tem mais de 20 anos de carreira no Ministério Público, tendo sempre pautado sua atuação pela seriedade e transparência, sendo exemplo de atuação destemida e isenta ao longo de sua vida funcional, de forma que esta entidade de classe manifesta a crença no trabalho honesto e que sempre priorizou os interesses da sociedade piauiense. Externamos, pois, a confiança de que qualquer medida judicial adotada pela representante do Ministério Público se limitou ao simples exercício do seu dever funcional, cabendo à Justiça Eleitoral analisar as demandas apresentadas em juízo.

Por fim, independentemente das medidas judiciais adotadas durante o pleito eleitoral, renovamos o respeito por todos os candidatos que submetem seu nome a análise popular. No entanto, reafirmamos que, como fiscal da lei, quando entender presente qualquer irregularidade, tem o Ministério Público o dever de provocar o Poder Judiciário, a quem cabe dar a palavra final no caso em epígrafe. 

 

Atenciosamente

 

Paulo Rubens Parente Rebouças

Presidente da APMP-PI

 

Veja os "tweets" da promotora que causaram a polêmica:

 

Última atualização ( Qui, 19 de Julho de 2012 13:43 )