Escrito por Saraiva    Sex, 21 de Setembro de 2012 13:01    Imprimir
Advogado Lucas Villa compara assassino de Fernanda Lages a Adolf Hitler

Lucas Villa, advogado da família da universitária Fernanda Lages Veras, morta no dia 25 de agosto de 2011 após cair do alto da obra de prédio do MPF, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (21 de setembro de 2012), comentando os resultados da investigação da Polícia Federal divulgados ontem (20 de setembro). 

Ele afirma que muitos pontos ainda estão obscuros, o que reforça na consciência dos familiares que a estudante não se suicidou, e aproveitou para mandar um recado ao suposto assassino da estudante, o qual qualificou como um “psicopata” e comparou a Hitler. “A investigação da PF esclareceu vários aspectos, mas muitas coisas ficaram em branco e nos deixaram dúvidas. Digo isso baseado no que foi transmitido por mim pelo superintendente e os peritos. Com base nisso chegamos a nossas opiniões. O resultado apresentado se substancia em natureza pericial. 90% do resultado é laudo cadavérico e do local do crime. A conclusão da Polícia Federal não pode ser taxada de absurda. Mas quando levamos em conta outros aspectos de conclusão subjetiva, a conclusão é difícil de ser digerida. O laudo trata da impossibilidade de ter outra pessoa no local do crime. Não provar que existia outra pessoa é diferente de dizer que não existia”, expõe. Villa entretanto, afirma que outros pontos ficaram mais claros. “Estou convencido que a Fernanda subiu voluntariamente na mureta. Mas não é convincente que ela tenha ficado em pé, caminhado e se jogado de lá. Um suicida geralmente cai em pé, não de cabeça. É possível? É; mas pouco comum”, pontua. 

 

Suicídio

“A própria Polícia Federal admitiu que ela não tinha perfil psicológico suicida que geralmente se manifestam em meses anteriores. O exame toxicológico mostra que não havia drogas ou o principio ativo dos medicamentos no sangue que podiam causar surto psicótico. A Fernanda pode ter subido voluntariamente com alguém e ter sido empurrada de lá. A distância em que ela caiu não compatível com acidente, ela teria caído mais próximo (da parede) e teria lesão nas mãos tentado se agarrar em algo. A PF deveria ter descartado o acidente primeiro porque é mais difícil de comprovar que foi homicídio”. 

Recado

O advogado diz ainda que o que lhe preocupa é que nessa situação o suposto criminoso esteja se regozijando por ter enganado a Polícia Civil, Federal, a família e a sociedade. “Não estou dizendo que é isso que aconteceu, mas se essa hipótese for substancial (homicídio) esse psicopata pensa que enganou a polícia, o Ministério Público, a família, a população. Essa pessoa não me enganou. Não vou desistir de você. Se você acha que é um gênio do mal, mostro o exemplo de Hitler, que perdeu no final. Quem quer que você seja”.

 

Fonte: Cidadeverde.com

Última atualização ( Sex, 21 de Setembro de 2012 14:35 )